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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Chuva de Milho

Desde 1982, grãos de milho têm caído sobre as casas da região de Pleasant Acres Drive, em Evans, Colorado, ao sul de Greeley. Gary Bryan, habitante do lugar, declarou:
- Eu provavelmente já teria 1 tonelada, se tivesse guardado tudo.
O surpreendente é que não existem milharais perto das casas, e o silo de cereais mais próximo fica a 8 quilômetros. Ninguém consegue imaginar de onde vem o milho. Todas as testemunhas afirmam que, de tempos em tempos, aqueles grãos caem do céu.
Quando a imprensa soube da história, em setembro de 1986, repórteres de jornais e emissoras locais de rádio e televisão dirigiram-se para o lugar e viram pessoalmente o fenômeno. Enquanto o milho caía do céu, ficaram à procura de algum moleque traquinas, que pudesse estar empunhando um estilingue, mas não encontraram ninguém.
As pessoas que ainda não haviam presenciado a "chuva" de milho com os próprios olhos não acreditavam. Eldred McClintock, uma dessas pessoas, depois de tê-la visto, declarou ao Rocky Mountain News:
- O milho realmente caía do céu. Eu vi, e agora acredito.

Charles Berlitz

O livro dos Fenómenos Estranhos 

Mediunidade e Lucro

Beverly Jaegers não é o que podemos chamar de médium típica. Ela não realiza sessões espíritas e, provavelmente, não joga cartas de tarô. Beverly mora em uma adorável casa em St. Louis, comprada com o dinheiro que ganhou usando o sexto sentido. Na verdade, ela estuda as oscilações da bolsa de valores com o mesmo rigor de um executivo de Wall Street.

- Não se trata de uma capacidade transitória e indigna de confiança - conta ela -, porém de algo que podemos usar produtivamente todos os dias de nossa vida.
Para provar tal ponto de vista, Beverly ajudou o St. Louis Business Journal a realizar uma experiência incomum em 1982. O jornal queria ver até que ponto os poderes dela eram realmente confiáveis e a desafiaram a demonstrar sua capacidade na bolsa de valores. A experiência começou quando os jornalistas pediram a dezenove corretores famosos que escolhessem cinco ações que teriam o valor aumentado. Essas ações ficaram posteriormente sob observação durante seis meses. Embora Beverly não tivesse nenhuma experiência no ramo, nem treinamento no mercado financeiro, o jornal também pediu-lhe que escolhesse cinco ações, baseada em seu sexto sentido. O resultado?
O mercado acionário passou por queda acentuada durante o período do teste, e, quando a experiência terminou, o índice Dow-Jones, utilizado para o acompanhamento da evolução dos negócios na bolsa de valores de Nova York, caíra oitenta pontos. Por causa dessa tendência baixista, dezesseis dos corretores escolhidos quase perderam as calças. Eles sem dúvida ficaram surpresos quando souberam que, no mesmo espaço de tempo, as ações escolhidas intuitivamente por Beverly tiveram o valor aumentado em 17,2 por cento. Apenas um dos corretores conseguiu sucesso igual ao dela.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

A Mensagem do Fantasma

Na manhã de 6 de dezembro de 1955, Lucian Landau, empresário londrino, viveu um drama invulgar. Estava dormindo na casa de Constantine Antoniades, em Genebra, quando percebeu que alguém entrava no quarto. Virando-se na cama, viu uma fraca fonte de luz e, dentro dela, a figura da falecida mulher de seu anfitrião. Ao lado daquela imagem havia um cão pastor alsaciano com estranha pelagem marrom. A aparição logo desapareceu, mas, enquanto se diluía, Landau ouviu a mulher lhe dizer:

- Conte a ele.
O empresário londrino não hesitou em transmitir a informação ao anfitrião, quando eles se encontraram naquele mesmo dia. Contudo, não explicou exatamente o que acontecera. Em vez disso, perguntou se a falecida mulher do amigo já tivera um cão pastor alsaciano.
- Sim - respondeu o sr. Antoniades. - Ele ainda está vivo.
A resposta deixou Landau intrigado, pois não havia nenhuma evidência de existir um cachorro naquela casa. Antoniades então explicou que enviara o animal a um canil quando a mulher adoecera, porque não tinha condições de cuidar dele. Quando Landau finalmente lhe contou como fora a visita fantasmagórica, Antoniades telefonou para o canil e ficou sabendo que o cachorro fora sacrificado alguns dias antes.
As palavras "conte a ele" finalmente começavam a fazer sentido. Quando um pesquisador da Sociedade Britânica de Pesquisas Psíquicas visitou a casa, Antoniades corroborou o incrível episódio.
- Afirmo - testemunhou ele - que não havia na casa nenhuma foto de minha mulher com o cachorro ou do animal sozinho, onde Landau pudesse tê-la visto antes de acontecer o episódio.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

Os Fantasmas do S. S. Watertown

A tragédia aguardava o navio petroleiro S. S. Watertown, quando ele zarpou da cidade de Nova York rumo ao canal do Panamá, no início de dezembro de 1924. Dois marujos, James Courtney e Michael Mehan, estavam limpando um dos tanques e, intoxicados pelos gases do combustível, vieram a morrer. Os corpos foram atirados ao mar, conforme a tradição marinha, no dia 4 de dezembro daquele ano.
Os fantasmas do S. S. Watertown apareceram no dia seguinte, mas não na forma de almas penadas cobertas com lençóis brancos caminhando pelo convés. Os rostos dos dois infelizes marujos foram vistos seguindo o navio na água, dia após dia, pelo comandante Keith Tracy e por todos os tripulantes. Os desconcertantes fantasmas pareciam dispostos a tomar o mesmo rumo do petroleiro até a travessia do canal.
O comandante Keith Tracy relatou esses fantásticos eventos a seus superiores quando o navio aportou em Nova Orleans, e altos funcionários da companhia marítima lhe sugeriram que tentasse fotografá-los. Ele finalmente entregou um rolo de filme com seis flagrantes à Cities Service Company, que o revelou comercialmente. Embora cinco das fotos não apresentassem nada de anormal, a sexta mostrava claramente dois rostos seguindo lugubremente o navio.
O interessante é que a Cities Service Company não tentou depreciar a fascinante história, nem ocultá-la do público. Muito pelo contrário, eles chegaram a publicá-la na íntegra na Service, revista da empresa, em 1934, e até expuseram a ampliação da foto no saguão principal da firma, em Nova York.

Charles Berlitz

O livro dos Fenómenos Estranhos 

O Aço de Damasco

 Entre os numerosos métodos mágicos da antiguidade, um dos mais famosos era o processo de endurecimento de espadas de aço - muito comum em Damasco entre os séculos 12 e 14 -, que consistia em enfiar a lâmina superaquecida no corpo de um prisioneiro ou escravo e, em seguida, em água fria. Na Idade Média, os cavaleiros cristãos aprenderam, para sua angústia, que as espadas feitas com o aço de Damasco eram mais resistentes e também mais duras do que as fabricadas na Europa.

No entanto, quinhentos anos após as Cruzadas, experiências realizadas na Europa indicaram que o processo, afinal de contas, não tinha nada de mágico. Os europeus descobriram que enfiar a espada em brasa em uma massa de peles de animais encharcadas de água tinha efeito similar ao método damasceno. O nitrogênio orgânico que se desprende das peles na água produz reação química no aço.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

A Metralhadora Perigosa

 É raro encontrarmos na História caso em que uma nova arma, já fabricada ou ainda em fase de estudos, tenha sido considerada pelas autoridades como muito cruel ou destrutiva. Não obstante, foi exatamente isso que aconteceu quando o inventor de uma arma de disparos múltiplos - certo tipo de metralhadora -, um engenheiro chamado Du Peron, ofereceu sua invenção a Luís XVI da França, em 1775, Luís e seus ministros recusaram a arma, por achar que ela mataria muitas pessoas ao mesmo tempo. Se levarmos em consideração a opinião do dr. Edward Teller, conhecido como "o pai da bomba H", chegaremos à conclusão de que Luís XVI estaria ligeiramente desatualizado no mundo das guerras modernas. O dr. Teller calculou que a explosão da bomba H em uma grande área metropolitana causaria a morte de cerca de 10 milhões de pessoas, enquanto "uma guerra nuclear de grandes proporções poderia eliminar alguns bilhões de seres humanos".


Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

O Fantasma Sem Cabeça

 Um homem chamado Lakey, colono pioneiro da pequena cidade de McLeansboro, Illinois, foi encontrado morto. A cabeça dele fora decepada, aparentemente pelo machado que jazia junto à toca ao lado de seu corpo. Ninguém conseguia entender a razão do crime, pois, ao que tudo indicava, o homem não tinha inimigos entre os habitantes locais.

Um dia após o enterro, dois homens estavam cavalgando nas proximidades da cabana de Lakey, junto ao que atualmente é conhecido como riacho de Lakey. Eles provavelmente tinham ido pescar no rio Wabash. Passavam pela cabana, quando a noite caiu. Então, outro cavaleiro sem cabeça, montado em um grande cavalo preto, uniu-se a eles. Mudos de susto, os homens cavalgaram apavorados, desceram pela margem e entraram no riacho. De repente, o misterioso cavaleiro mudou de direção, seguiu regato abaixo e pareceu desaparecer em uma poça de água próxima de um cruzamento.
A princípio temerosos de contar a história, os homens logo ficaram sabendo que outras pessoas tinham visto a mesma aparição. O caminho seguido pelo fantasma era sempre o mesmo. Ele se unia a cavaleiros que vinham do leste, virava perto do centro do riacho, e então desaparecia.
Hoje, uma ponte de concreto dá vazão a veículos motores sobre o mesmo local onde antigamente os cavaleiros vadeavam o riacho de Lakey. Os motoristas ainda não viram o fantasma sem cabeça, e o mistério da morte de Lakey jamais foi solucionado.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

Pesadelo Mediúnico

 Algumas vezes, uma experiência mediúnica chega a assumir cores trágicas. Quando Wendy Finkel, de 19 anos, morreu em um acidente automobilístico perto de Point Mugu, na costa sul da Califórnia, sua mãe não precisou ser informada pela polícia. Ela já sabia. A data foi 19 de novembro de 1987, uma quinta-feira.

Era véspera do aniversário de Wendy. A aluna de um colégio misto e três de suas amigas estavam dirigindo desde Santa Bárbara para levar alguém ao aeroporto de Los Angeles. Duas das estudantes pretendiam assistir a um concerto de rock. Elas saíram com Wendy para jantar e dançar, e então foram visitar sua irmã, que morava perto da Universidade de Califórnia, em Los Angeles. Toda a família Finkel aguardava ansiosamente pelo aniversário de Wendy naquela sexta-feira e especialmente pela oportunidade de ter todos os Finkel reunidos para o Dia de Ação de Graças.
A tragédia ocorreu de manhãzinha, quando o carro que transportava as estudantes aparentemente desgovernou-se e saiu da Pacific Coast Highway, mergulhando pelo abismo em direção ao mar. Acontece que um pescador viu o Honda Civic 1986 flutuando na água com as rodas para o ar na manhã seguinte, e os corpos das três amigas de Wendy logo foram resgatados.
No mesmo momento do acidente, a sra. Finkel acordara repentinamente em sua casa de Woodland Hills, sentindo falta de ar.
- Tive a impressão de estar me afogando - revelou posteriormente aos repórteres. - Eu não conseguia encher os pulmões de ar. Consultei o relógio e vi que eram mais de duas horas da madrugada. Calculo que foi nessa altura que o carro chegou em Point Mugu e despencou pela ribanceira.
O corpo de Wendy não foi encontrado, embora sua mãe tenha poucas dúvidas sobre o destino da moça.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

A Marca do Assassino

 Ninguém sabia seu nome verdadeiro. Costumava se autodenominar Cheiro, o Grande, e quando chegou na cidade de Nova York, vindo de Londres, em 1893, ele já se estabelecera como o mais famoso e mais bem pago vidente do mundo.

Vários anos antes, Cheiro, o Grande, chegara às manchetes dos jornais ingleses ao descobrir a identidade de um assassino após estudar a impressão digital manchada de sangue em uma parede encardida. Agora, os céticos jornalistas nova-iorquinos exigiam-lhe prova das aptidões. Eles o convidaram a olhar para treze impressões digitais diferentes e descrever em seguida a identidade de seus portadores.
Em menos de 10 minutos, Cheiro, o Grande, descreveu corretamente os autores de doze impressões, inclusive a da famosa artista Lillian Russell, a quem identificou corretamente como criatura com grande talento e ambição, mas também com enorme carga de infelicidade.
Contudo, o que ele tinha a dizer sobre a décima terceira impressão digital? Por que hesitara antes de identificá-la?
Finalmente, o vidente explicou:
- Recuso-me a identificar essa impressão para qualquer outra pessoa, a não ser para a própria - declarou ele -, porque é a marca de um assassino. Ele irá se revelar através de confissão e morrerá no presídio.
A décima terceira impressão digital era do dr. Henry Meyer, que se encontrava então no presídio de Tombs, acusado de assassinato. Meyer foi condenado e morreu alguns meses mais tarde, em uma instituição para pessoas criminalmente insanas.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

OVNIs Nazistas

Alguns teóricos vêm, há muito tempo, tentando encontrar explicações plausíveis para os indefiníveis OVNIs. As similaridades entre o advento do moderno disco voador, no verão de 1947, e os avanços subseqüentes na tecnologia aeroespacial, tanto dos soviéticos quanto do bloco ocidental, dizem eles, são muito surpreendentes para pensarmos em simples coincidência.
Na verdade, fontes dispersas indicam que a Luftwaffe (força aérea) de Hitler, que desenvolveu o primeiro caça a jato em todo o mundo, trabalhava arduamente no projeto de uma série de armas aéreas super-secretas, durante os últimos dias da Segunda Guerra Mundial. De acordo com relatório publicado em 13 de dezembro de 1944, por Marshall Yarrow, correspondente da Reuters, "os alemães produziram uma arma 'secreta', que poderá vir a ser usada no fim do ano. O novo dispositivo que, aparentemente, é uma arma de defesa aérea, parece as bolas que enfeitam as árvores de Natal. Elas já foram vistas pairando no ar sobre a Alemanha, algumas vezes sozinhas, outras em grupo. A cor dessas bolas é prateada e elas são, aparentemente, transparentes".
Seriam as bolas voadoras as Foo Fighters, tão famosas durante a Segunda Guerra Mundial, ou será que os engenheiros nazistas desenvolveram algo ainda mais sofisticado? O pesquisador italiano Renato Velasco afirma que os alemães produziram uma máquina voadora em forma de disco, de perfil baixo, à qual eles deram o nome de Feuerball (Bola de Fogo), usada tanto como dispositivo anti-radar quanto arma de guerra psicológica contra as forças dos Aliados.
Uma versão melhorada, o Kugelblitz (Relâmpago de Fogo) substituiu o motor de turbina a gás da Feuerball por outro que empregava a propulsão a jato. De acordo com Velasco, o Kugelblitz foi o primeiro avião capaz de pousar e decolar verticalmente. Seu projetista foi Rudolph Scriever, e, ao que consta, o aparelho era produzido na fábrica da BMW, perto de Praga, em 1944.
A aeronave voou pela primeira vez em fevereiro de 1945, sobre o amplo complexo subterrâneo de pesquisas de Kahla, Turíhgia, Alemanha. Foi também nessa área das montanhas Harz que, de acordo com informações confidenciais, Hitler pretendia construir seu último bastião, fortificado pelas novas "armas secretas" que Goering, comandante da Luftwaffe, vinha prometendo tanto.
O tempo foi implacável para o arsenal secreto dos nazistas. Mas se a União Soviética, bem como qualquer outra potência, conseguiu assimilar a tecnologia dos discos voadores, isso pode ter levado à experimentação e ao desenvolvimento de algo que deu origem aos freqüentes relatos dos primeiros OVNIs, iniciados em 1947.

Charles Berlitz

O livro dos Fenómenos Estranhos

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

O Sonho da Sra. Wragg

Grandes calamidades já foram previstas em sonhos. Visões noturnas também já salvaram vidas, inclusive a do capitão Thomas Shubrick, cujo navio zarpou de Charleston, Carolina do Sul, em direção a Londres, em 1740. Shubrick mal saíra do porto quando enfrentou uma terrível tempestade. O vento soprava com tanta violência que amigos e parentes em Charleston começaram a orar pela sobrevivência dos tripulantes. Não havia esperança de que o navio conseguisse voltar ileso ao porto.
Mas naquela noite a mulher de um dos amigos mais íntimos de Shubrick, uma certa sra. Wragg, teve um sonho em que viu o capitão vivo e agarrado a destroços flutuantes. A visão comoveu-a de tal forma que ela insistiu com o marido para que liderasse uma patrulha de busca e salvamento. Um pequeno barco foi lançado ao mar, porém os ocupantes retornaram de mãos vazias.
O sonho repetiu-se uma segunda vez, e a patrulha de resgate voltou novamente sem sucesso. Quando o sonho aconteceu pela terceira vez, a sra. Wragg implorou para que o marido tentasse de novo. Na viagem final, o capitão Shubrick e outro marujo exausto foram resgatados. Eles estavam agarrados a um destroço do navio naufragado. A persistência foi compensada, assim como o sonho contínuo da sra. Wragg.

Charles Berlitz

O livro dos Fenómenos Estranhos

sábado, 9 de novembro de 2024

Continentes Perdidos

A Atlântida não é o único continente mítico supostamente destruído e tragado pelo mar. Pessoas letradas e fabulistas falam de dois outros continentes perdidos - as lendárias terras de Lemúria e Mu.
O nome Lemúria vem de lêmures, primatas primitivos da família dos lemurídeos, e foi cunhado no século 19 pelo zoólogo inglês P. L. Sclater, devido à similar idade de fósseis desses primatas encontrados na região sul da Índia e na província de Natal, na África do Sul. Sclater postulou a existência de Lemúria, continente submerso que haveria no oceano Índico, ligando as regiões meridionais da África e também da Ásia.
A idéia de uma ponte tropical ligando as massas de terra existentes ganhou a fantasia e o apoio de nada menos que Thomas Huxley, cientista inglês e indiscutível autoridade na teoria da evolução. Na Alemanha, o biólogo Ernst Haeckel chegou a especular sobre a possibilidade de a antiga Lemúria ter sido o Jardim do Éden, o paraíso perdido, que serviu de berço para a raça humana.
O continente perdido de Mu também tem sido muito pesquisado por estudiosos do inexplicável. Ele surgiu, pela primeira vez, em uma série de livros de autoria de James Churchward, coronel inglês da reserva, que servira com os Lanceiros de Bengala, na Índia. Ao ser designado para um trabalho de assistência à população carente e faminta, ele conheceu um rishi, sábio hindu que tinha em seu poder grande quantidade de placas de pedra escritas em naacal, a língua nativa de Mu.
De acordo com a teoria de Churchward, baseada nas pedras escritas em naacal e nas tradições orais das ilhas do Pacífico e de regiões das Américas do Sul e Central, os primeiros seres humanos foram originados em Mu, há uns 200 milhões de anos. A ciência deles, inclusive a capacidade de manipular a gravidade, era muitas vezes mais adiantada do que a nossa. Não obstante, há aproximadamente 12 mil anos, a tragédia se abateu sobre os mus, na forma de uma gigantesca explosão de gás.
Arruinado, o continente de Mu submergiu no oceano Pacífico. Tudo o que restou da massa de terra de 8 mil quilômetros de comprimento por 5 mil quilômetros de largura foram algumas poucas ilhas dispersas acima das ondas. As gigantescas e inexplicáveis obras existentes em várias ilhas do Pacífico, bem como as grandes cabeças de estátuas na ilha de Páscoa, não poderiam ter sido construídas pela limitada mão-de-obra disponível nas ilhas, justamente por causa de suas dimensões atuais.
Além disso, convém notar que os havaianos nativos ainda dão a esse continente perdido o nome de Mu. Dos habitantes do antigo Mu, calcula-se que quase 64 milhões de pessoas tenham perecido na explosão cósmica. Os sobreviventes colonizaram os outros continentes.
Churchward morreu em 1936, com a idade de 86 anos, depois de ter escrito cinco livros sobre o continente de Mu. Mais referências por escrito a Mu devem ainda existir em alguns dos mosteiros localizados nas altas montanhas da Ásia central.

Charles Berlitz

O livro dos Fenómenos Estranhos