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domingo, 7 de abril de 2024

Quartel do Regimento de Infantaria N.º 10 em Aveiro


 

Parada militar em frente ao Hotel Lisbonense, nas Caldas da Rainha


 

Posto de observação - Primeiro as senhoras - Circulado em 1917


 

Lisboa, o dia 25 de Abril de 1974 - 9h00 - Terreiro do Paço


 

Monumento aos Mortos da Grande Guerra em Abrantes


 

«Lua de mel na moda» - Circulado em 1917


 

Tanques Britânicos expulsaram a Itália da Abissínia, e na Líbia por completo destroçaram os planos de conquista do Eixo


 

Postal francês de cerca de 1918


 

terça-feira, 2 de abril de 2024

Postal francês de cerca de 1918


 

Saudações da Grã Bretanha ao seu aliado mais antigo


 

Postal alemão de cerca de 1913


 

Postal alemão de cerca de 1913


 

Postal alemão de cerca de 1913


 

Marinha Portuguesa. Em combate.


 

Exército Português. Serviço de Saúde em Campanha.


 

Exército Português de Terra e Mar.Praças (c. 1905)


 

quinta-feira, 28 de março de 2024

O Crânio de Cristal

Hoje em dia, o quartzo, ou cristal de rocha, desfruta imensa popularidade, principalmente devido a suas supostas propriedades espirituais. Mas o mesmo material já fascinava nossos ancestrais. Os gregos o chamavam de crystallos, ou "gelo claro". No Egito, no ano 4000 a.C, as testas dos mortos eram adornadas com um "terceiro olho" de cristal, que, conforme a crença, permitia que a alma descobrisse o caminho para a eternidade.
Tradicionalmente, o material preferido para as bolas de cristal usadas por videntes e médiuns sempre foi o cristal de rocha do mais alto grau.
O objeto de cristal mais intrigante de que se tem notícia, porém, é o chamado Crânio de Cristal de Mitchell-Hodges, cuja origem tanto pode ser asteca ou maia, e até mesmo o continente mítico de Atlântida. A descoberta do Crânio de Cristal é envolta em muita controvérsia. Se consta que, ele foi encontrado por Anna, uma jovem de 18 anos, filha adotiva do aventureiro F. A. Mitchell-Hodges, em 1927, quando escavava as ruínas de Lubaantun, a "Cidade das Pedras Caídas", nas selvas de Belize, na ocasião ainda chamada de Honduras Britânica.
Após três anos de escavações no antigo local maia, Anna descobriu um crânio de cristal, de tamanho natural, nos escombros de um altar desmoronado, junto à parede. Uma mandíbula, que se encaixava perfeitamente naquele crânio, foi encontrada a pouco mais de 7 metros de distância, três meses mais tarde.
A equipe de Mitchell-Hodges escavou exaustivamente toda a área. Na realidade, aquelas pessoas contribuíram grandemente para nossa coleção atual de artefatos e para a ampliação de nosso conhecimento a respeito da civilização pré-colombiana no Novo Mundo.
Contudo, Mitchell-Hodges também era um homem conhecido por acreditar piamente na lenda de Atlântida. De fato, foi a fé de poder confirmar a existência de uma ligação entre a Atlântida e os maias que o levou a se embrenhar nas florestas da América Central.
Infelizmente, os cristais não podem ser datados por meios convencionais. No entanto, os laboratórios da Hewlett-Packard, que estudaram o estranho crânio, calcularam que sua confecção teria exigido o trabalho de, no mínimo, trezentos anos, por uma série de artesãos extremamente habilidosos. Na escala de dureza, os cristais de rocha estão apenas ligeiramente abaixo dos diamantes.
Por que aquela rocha seria tão valiosa para quem quer que a tenha encontrado, a ponto de pessoas passarem três séculos polindo pacientemente um pedaço de pedra não nativa?
O mistério do crânio de cristal ficou ainda mais intrigante quando as duas peças foram encaixadas, e as pessoas tomaram conhecimento de que o crânio de cristal balançava na base da mandíbula, dando a impressão de ser um crânio humano abrindo e fechando a boca. Ele poderia ter sido manipulado por sacerdotes nos templos como um oráculo divinatório.
Outras propriedades ligadas ao crânio de cristal são ainda mais peculiares. Dizem que o lóbulo frontal, por exemplo, às vezes fica nublado, assumindo coloração branco-leitosa. Em outras ocasiões, ele emite uma aura quase fantasmagórica, "forte e com pequena nuance da cor do feno, similar ao anel que circunda a Lua".
Quer seja o produto de uma imaginação muito fértil, ou estimulado pelo próprio crânio, aqueles que ficam perto dele por longos períodos afirmam passar por experiências enervantes, que afetam os cincos sentidos, inclusive sons etéreos, aromas, e até mesmo fantasmas. O impacto visual do crânio é hipnótico, para os céticos, inclusive.
Sejam quais forem seus poderes, porém, uma maldição fatal sobre seu proprietário não parece fazer parte do conjunto. Mitchel-Hodges mal deixou que o crânio saísse de sua vista por mais de trinta anos, durante os quais sobreviveu a três facadas e oito ferimentos provocados por balas.
Quando morreu, no dia 12 de junho de 1949, com a idade de 77 anos, ele legou em testamento o crânio de cristal a sua filha adotiva, que o encontrou enterrado sob um antigo altar, na selva hondurenha. O crânio, com valor estimado em 260 mil dólares, continuou sendo propriedade particular.

Charles Berlitz

O livro dos Fenómenos Estranhos

Chuva de Fogo

Diz a lenda que o grande incêndio de Chicago, em 1871, começou quando a vaca da sra. O'Leary derrubou uma lanterna, ateando fogo na palha. As chamas então consumiram seu celeiro, passando de uma estrutura de madeira para outra, até quase atingir a cidade inteira. Antes de se conseguir debelar as chamas, mais de 17 mil edificações foram destruídas, 100 mil pessoas ficaram desabrigadas e pelo menos duzentas e cinqüenta morreram.
Pouca gente sabe que todo o Meio-Oeste dos EUA foi vítima de calamitosos incêndios na noite de 8 de outubro de 1871, desde Indiana até dois Estados de Dakota, e de Iowa até Minnesota. Em resumo, eles representam a conflagração mais misteriosa e mais implacável na memória do povo americano. Ofuscada pela tragédia de Chicago, Peshtigo, pequena comunidade de 2 mil almas nas proximidades de Green Bay, Wisconsin, sofreu desastre muito pior, em termos de vidas perdidas. Metade da cidade - mil habitantes - faleceu naquela noite terrível. As pessoas morreram sufocadas ou consumidas pelas chamas, cuja origem permanece desconhecida. Nenhuma estrutura foi deixada em pé.
De onde vieram as chamas, e por que tão repentinamente, sem nenhum aviso prévio?
“Em um instante terrível, grande chama surgiu no céu, a oeste da cidade", escreveu um sobrevivente de Peshtigo. "Inumeráveis línguas de fogo desceram sobre a cidade, perfurando quaisquer objetos que encontravam no caminho, como se fossem raios vermelhos. Um ruído ensurdecedor, misturado com estrondos de descargas elétricas, enchia o ar e paralisava todas as pessoas. Aquele desastre não teve um início em particular. “As chamas queimaram em instantes toda a cidade."
Outros sobreviventes referiram-se ao fenômeno como um furacão de fogo, declarando que edificações em chamas eram elevadas no ar, antes de explodirem em cinzas incandescentes.
O que as testemunhas oculares descreveram está mais próximo de um holocausto dos céus do que de um incêndio acidental, provocado por certa vaca agitada. Na verdade, de acordo com a teoria levantada por Ignatius Donnelly, congressista de Minnesota, os incêndios devastadores de 1871 realmente vieram do céu, na forma de uma cauda de um cometa caprichoso.
Durante sua passagem em 1846, o cometa Biela dividiu-se, inexplicavelmente, em dois. Ele deveria retornar em 1866, mas não apareceu. A cabeça fragmentada do Biela foi vista, finalmente, em 1872, na forma de uma queda de grande quantidade de meteoros.
Donnelly sugeriu que a cauda separada apareceu um ano antes, em 1871, e foi o motivo principal da difusa chuva de fogo que varreu o Meio-Oeste, danificando ou destruindo um total de 24 cidades, e deixando mais de 2 mil mortos em seu rastro. As condições da seca naquele outono, sem dúvida, contribuíram para a extensão da conflagração.
Os pesquisadores concentram-se no incêndio de Chicago, e não dão a devida importância ao Horror de Peshtigo, como a calamidade foi chamada na época. Eles ignoram por completo o cometa Biela e sua causa, que até hoje não encontrou explicação.

Charles Berlitz

O livro dos Fenómenos Estranhos

O Sonho Premonitório de Abraham Lincoln

Algumas premonições transformam-se em fatos concretos, outras não, por mais reais e terríveis que possam ser os eventos que elas descrevam. Tomemos, por exemplo, o caso do décimo sexto presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, que previu o próprio assassinato em sonho.
Lincoln contou seu sonho premonitório a um amigo íntimo, Ward Hill Lamon, que deixou um relato por escrito para a posteridade. "No sonho", conta Lincoln, "parecia haver uma tranqüilidade semelhante à morte a meu redor. Então, ouvi soluços abafados, como se várias pessoas estivessem chorando. Julguei ter levantado de minha cama e descido a escada até o pavimento inferior. Não havia nenhuma pessoa viva por perto, porém os mesmos lamentos de pesar e angústia me acompanhavam, enquanto eu caminhava. Continuei andando até chegar ao Salão Leste, e ali tive uma surpresa repugnante.”
"Diante de mim estava o carro fúnebre, onde havia um cadáver enrolado em mortalha. Ao lado daquele veículo estavam vários soldados perfilados, como guardas de honra. 'Quem morreu na Casa Branca?', perguntei a um dos soldados. 'O presidente', foi a resposta. 'Ele foi morto por um assassino'."
Poucos dias depois dessa narração, o presidente foi morto, assassinado pela pequena pistola de John Wilkes Booth. Mortalmente ferido, Lincoln foi levado do Ford's Theater a uma casa do outro lado da rua. Após a morte, seu corpo ficou exposto à visitação pública no Salão Leste da Casa Branca, exatamente como no sonho premonitório de Lincoln.

Charles Berlitz

O livro dos Fenómenos Estranhos

Os Caronistas Fantasmas

Em uma noite de inverno em 1965, Mae Doria, de Tulsa, Oklahoma, estava se dirigindo sozinha pela estrada de 70 quilômetros, em direção à casa de sua irmã, em Pryor.
- Enquanto eu seguia pela rodovia 20 - recordou Doria -, a poucos quilômetros a leste da cidade de Claremore, passei por uma escola e vi um menino pedindo carona na beira da estrada. Parecia ter 11 ou 12 anos.
Preocupada com alguém tão jovem sozinho naquela noite fria, Doria parou no acostamento e ofereceu-se para levá-lo a algum lugar.
- Ele entrou no carro, sentou-se a meu lado no banco da frente, e começamos a bater papo sobre aquelas coisas que duas pessoas que não se conhecem normalmente conversam. 
Doria perguntou-lhe o que ele fazia por ali, e o garoto respondeu:
- Estava jogando basquete na escola.
O caronista tinha em torno de 1,50 metro de altura, e era bem musculoso.
- A aparência dele era a de um menino que praticava esportes e exercitava os músculos.
O garoto era caucasiano, com cabelos castanho-claros e olhos azuis. Sem se dar conta, Mae Doria transportava um caronista fantasma.
O menino, finalmente, apontou para um aqueduto nos arredores de Pryor e pediu:
- Vou descer ali.
Como não estivesse vendo casas nem luzes, Doria perguntou onde ele morava, ao que ele respondeu:
- Logo ali.
Ela tentava determinar onde esse "ali" podia ser, quando o passageiro desapareceu como por encanto. Doria parou o carro imediatamente e pulou para fora.
- Fiquei correndo ao redor do automóvel, quase histérica. Procurei por todos os lugares, de um lado a outro na estrada, para a direita e para a esquerda, e nem sombra do menino. Ele simplesmente evaporara.
Mais tarde, Doria lembrou-se de que o caronista não usava agasalho, a despeito do vento frio do inverno. Uma conversa casual com um empregado de uma empresa pública, dois anos depois do fato, revelou que alguém dera carona àquele garoto fantasma, pela primeira vez, naquele mesmo lugar, em 1936.
Encontro ainda mais estranho envolveu uma morte acidental, pela qual um caronista fantasma foi, pelo menos em parte, responsável. Em fevereiro de 1951, Charles Bordeaux, de Miami, trabalhava no Serviço de Investigações Especiais da Força Aérea, na Inglaterra. Um aviador americano fora alvejado e assassinado em circunstâncias misteriosas, e Bordeaux recebeu a incumbência de investigar o caso.
Ficou sabendo que o guarda de segurança avistara um homem correndo entre dois bombardeiros B-36. Ele gritou "Alto!" três vezes, e, como o homem se recusasse a parar, disparou.
- Eu podia jurar que o acertara, mas, quando cheguei naquela área do aeroporto, não havia ninguém. Ele simplesmente desaparecera.
Na realidade, a bala perdida do guarda atingiu e matou um outro piloto.
Prosseguindo com as investigações, Bordeaux falou com outro oficial, que também estivera no campo de pouso na noite do acidente. Ele comentou que, antes do tiro fatal, estava se dirigindo ao aeroporto, quando viu um homem com uniforme da Força Aérea pedindo carona.
- Depois que o desconhecido entrou - declarou o oficial -, ele me pediu um cigarro. Em seguida, pediu fogo.
O oficial viu o brilho da chama com o canto dos olhos, porém, quando virou a cabeça, o passageiro havia desaparecido em pleno ar, deixando o isqueiro sobre o banco vazio.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

Sapos Fossilizados

Contam-se muitas histórias de animais vivos ou mumificados encontrados dentro de pedras. Grande parte delas refere-se a sapos e rãs. Uma dessas histórias conta que durante a construção da Hartlepool Waterworks, nas proximidades de Leeds, Inglaterra, em abril de 1865, os operários da pedreira supostamente encontraram um sapo vivo dentro de uma pedra calcária de 200 milhões de anos. O sapo, a uma profundidade de 7,50 metros, deixara a forma de um molde perfeito na pedra.
De acordo com relatos jornalísticos, o sapo estava vivo, mas era incapaz de coaxar, porque sua boca se fechara para sempre. No entanto, ruídos semelhantes a latidos eram emitidos pelas narinas. Com exceção do "comprimento extraordinário" das patas traseiras, ele parecia ser um espécime normal, embora tenha morrido poucos dias após ter sido encontrado.
Mais ou menos nessa mesma ocasião, a revista Scientific American publicou matéria contando como o mineiro Moses Gaines abriu uma grande pedra arredondada e encontrou um sapo escondido ali dentro, novamente como se a rocha tivesse acabado de se fechar ao redor dele. O animal foi descrito da seguinte maneira:
"Oito centímetros de comprimento, muito roliço e gordo. Os olhos eram bem maiores do que os das espécies de mesmo tamanho, como os que vemos todos os dias".
O sapo de Gaines também estava vivo, embora preguiçoso.
"Tentaram fazê-lo saltar, cutucando-o com um pedaço de pau", reportou a revista, "mas ele não lhes deu atenção."
Essas histórias e outras abriram uma verdadeira caixa de Pandora científica, que ainda não foi satisfatoriamente fechada. O dr. Frank Buckland tentou reproduzir o feito colocando sapos dentro de blocos de pedra calcária e arenito e enterrando-os a uma profundidade de 1 metro em seu jardim. Um ano depois, quando retirou as pedras, os sapos encerrados nos blocos de arenito estavam todos mortos. Em compensação, os sapos colocados dentro de pedras calcárias saíram-se melhor; dois estavam vivos e, na verdade, até chegaram a aumentar de peso. Mas quando Buckland repetiu a experiência, para que não restasse nenhuma dúvida, todos os sapos morreram.
Não desanimado com o resultado negativo, um francês conhecido como monsieur Séguin foi ainda mais longe. Em 1862, ele encerrou vinte sapos em gesso calcinado em Paris e deixou o bloco secar. Então, enterrou-o. Quando Séguin abriu o bloco, doze anos mais tarde, conforme a história, quatro dos sapos ainda estavam vivos.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

A Mão Petrificada

No verão de 1889, o fazendeiro J. R. Mote, de Phelps County, nas proximidades de Kearney, Nebraska, estava escavando uma caverna, quando encontrou uma grande pedra marrom com peso superior a 10 quilos. Quando a argila foi removida da pedra, de acordo com um artigo publicado na edição de 7 de agosto do San Francisco Examiner, "um grande fóssil, representando uma mão humana fechada, foi revelado. O espécime havia sido quebrado do braço logo acima do pulso, e a marca de um tecido áspero ou de alguma corda estava perfeitamente delineada nas costas daquela mão. Por ocasião da descoberta, nada foi declarado", continuou o artigo, "pois o sr. Mote não pertence à classe de pessoas curiosas". No entanto, isso logo mudou.
"Um menino da família, cuja faculdade de quebrar começava a se desenvolver, teve a idéia de abrir a mão petrificada. Quando quebrada, para seu espanto, surgiram onze brilhantes pedras transparentes."
O sr. Mote teve curiosidade suficiente, depois dessa reviravolta no curso dos acontecimentos, para procurar um joalheiro, que declarou serem aquelas pedras legítimos diamantes de primeira água, sem nenhuma mancha que pudesse macular ou estragar sua beleza.
"As pedras", prosseguia o artigo, "têm formato praticamente uniforme, e assemelham-se a feijões-de-lima. Elas parecem ter sido desgastadas pela água, porém ainda são pedras de grande beleza."

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

O Extraordinário Uri Geller

O médium mais famoso do mundo, o israelense Uri Geller, ex-pára-quedista do Exército, continua a deslumbrar as platéias enquanto amealha considerável fortuna pessoal, estimada em alguns milhões de dólares, originada de demonstrações de seus incríveis poderes.
Nascido em Telavive, em 1946, Uri Geller demonstrou habilidades mediúnicas quando tinha apenas 3 anos, lendo os pensamentos da mãe. Eventos mais tangíveis surgiram aos 6 anos de idade, quando descobriu que podia mover os ponteiros de um relógio sem tocá-los. Anos mais tarde, demonstrações similares lhe trariam fama e fortuna.
Uri Geller passou à merecer maior atenção no início dos anos 70, quando as apresentações públicas em Munique, Alemanha, resultaram em uma grande quantidade de talheres e chaves dobrados, dois dos alvos mentais favoritos do médium. Ele também fazia com que ponteiros de relógios parassem e voltassem a se movimentar.
Dois de seus feitos mais espetaculares ocorreram quando Uri Geller dirigiu pelas ruas de Munique com olhos vendados, e parou um teleférico no meio do caminho, nas montanhas Chiemagu.
O médium israelense logo atraiu a atenção de Andrija Puharich, pesquisador de fenômenos paranormais, que patrocinou uma viagem aos Estados Unidos para que ele pudesse ser examinado em ambiente científico.
Os resultados dos experimentos que Uri Geller realizou no Instituto de Pesquisas de Stanford, sob orientação dos físicos Hal Puthoff e Russell Targ, pareceram confirmar suas habilidades paranormais. Ele não só passou pelo protocolo cuidadosamente controlado que os cientistas determinaram, registrando altos resultados em clarividência e psicocinese, como, aparentemente, também foi capaz de afetar grande quantidade de instrumentos eletrônicos sensíveis.
Outra apresentação fantástica de Uri Geller ocorreu no dia 23 de novembro de 1973, durante o programa David Dimbleby Talk-In, da BBC. Após o programa, centenas de telespectadores atônitos telefonaram para informar que talheres e outros objetos de metal em seus lares haviam começado a se dobrar, enquanto eles assistiam à demonstração de Uri Geller. Quando o ex-pára-quedista voltou aos EUA, transformou-se em celebridade da noite para o dia.
Os críticos de Uri Geller, como o mágico profissional (James "O Extraordinário") Randi, naturalmente, afirmam que esses supostos poderes psíquicos não passam de truques normais, conhecidos por muitos mágicos de renome. E, coerentemente, Randi empenhou-se em recriar vários dos chamados "fenômenos Geller", como a dobra de colheres e chaves, através de prestidigitação e de outras técnicas.
Mas Uri Geller talvez ria por último, quando estiver se dirigindo ao banco. Após um período de alguns anos, durante os quais ele passou muito tempo fora de circulação, Uri Geller retornou, recentemente, ao cenário mundial com um novo livro e polpuda conta bancária, inclusive uma propriedade digna de rei, com heliporto, nos arredores de Londres.
A mais recente "mágica" de Uri Geller, segundo consta, é a localização de reservas de petróleo e depósitos de metais preciosos, simplesmente sobrevoando o local em um pequeno avião, com a mão estendida para fora. Por essa e por outras atividades mediúnicas, durante a década de 70, calcula-se que ele tenha ganho em torno de 40 milhões de dólares.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

A Dança dos Mortos

Os mortos não falam, mas isso não significa que não possam se movimentar. O caso mais marcante de movimento post-mortem de que se tem notícia aconteceu num jazigo na ilha de Barbados, ex-colônia britânica, que já pertenceu à Federação das Índias Ocidentais, localizada na costa da Venezuela.
O cenário dos macabros acontecimentos foi o jazigo da família Walrond, proprietária de plantações e de grande número de escravos, que colocava seus mortos para descansar - ou para o que achava que seria um descanso - em uma tumba de pedras no Cemitério Christ Church.
Thomasina Goddard, membro da família Walrond, foi enterrada ali, pela primeira vez, em 1807, porém no espaço de um ano a propriedade do jazigo foi assumida por outra geração de proprietários de escravos, os Chase. Duas de suas filhas foram enterradas nos jazigos, nos anos de 1808 e 1812.
Thomas Chase, o pai, também faleceu em 1812. Quando a enorme laje de mármore, que cobria a tumba, foi aberta para o enterro, os coveiros encolheram-se horrorizados. Os caixões de chumbo das duas moças estavam em pé, de cabeça para baixo. Não foi encontrado nenhum vestígio de arrombamento ou profanação. No entanto, de alguma maneira, os caixões se movimentaram sozinhos. Mas como?
Um parente do sexo masculino morreu em 1816, o que fez com que o jazigo fosse aberto outra vez. E, novamente, os caixões foram encontrados em estado de total desordem. O de Thomas Chase, que exigira oito homens para transportar, estava em pé, apoiado contra a parede.
Oito semanas mais tarde, outro enterro atraiu uma multidão de curiosos. Embora o jazigo tivesse sido lacrado após a última e perturbadora descoberta, os caixões dos Chase haviam, outra vez, se movimentado. Lord Combermere, governador de Barbados, foi chamado para ir ao local.
Em 1819, ele ordenou que os caixões fossem empilhados, e que se colocassem lacres em volta da laje de mármore que servia de cobertura. Contudo, o governo não era páreo para os fantasmas. No ano seguinte, quando as pessoas ouviram ruídos que provinham da sepultura assombrada, Lord Combermere ordenou que o jazigo fosse aberto para inspeção.
E o que já era esperado aconteceu. Depois que os lacres do governador foram removidos, os inspetores entraram na escuridão úmida e descobriram que os ataúdes de chumbo haviam, uma vez mais, realizado sua dança macabra. Apenas o caixão de madeira original de Thomasina Goddard permanecia inalterado.
Finalmente, os corpos foram removidos e enterrados novamente, em um canto mais tranqüilo do cemitério. Hoje em dia, o jazigo de Christ Church permanece aberto e abandonado. Os mortos foram expulsos por forças poderosas e desconhecidas.

Charles Berlitz

O livro dos Fenómenos Estranhos

As Levitações de Peter Sugleris

Peter Sugleris, de 22 anos, tem muita coisa em comum com Uri Geller, inclusive a habilidade de dobrar objetos de metal como chaves e moedas, afetar instrumentos eletromagnéticos a distância, parar e movimentar ponteiros de relógios. Sugleris também afirma que pode levitar como o venerável São José de Copertino e o médium D. D. Home, do século 19.
Quando ainda era um menino, a mãe de Sugleris, nascida na Grécia, achava que essa habilidade de levitar fora herdada e referia-se a ele como "Hércules", aludindo ao herói mitológico grego, famoso pela força e coragem. O tio de sua mãe, conforme diziam, levitara em pelo menos duas ocasiões, quando tinha 16 e 18 anos de idade.
Sugleris afirma que costuma levitar mais freqüentemente na presença de membros da família, durante o curso normal de sua vida. Mas, acrescenta, pode levitar à vontade, embora não como decorrência das ordens de alguém.
- O feito envolve imensa concentração - afirma.
Por isso, ele se prepara, com freqüência, com vários meses de antecedência, entregando-se a uma dieta vegetariana.
Em ocasião mais recente, filmada em vídeo pela esposa, Esther, em fevereiro de 1986, Sugleris elevou-se do piso da cozinha a uma altura de aproximadamente 50 centímetros, e permaneceu suspenso no ar durante 47 segundos. Enquanto levitava, seu rosto assumiu um ricto que chegou a assustar sua mulher.
- Pensei que ele fosse explodir - declarou ela -, de tão inchado que ficou.
Posteriormente, Sugleris descreveu a experiência, afirmando que suou em profusão e sentiu tontura e sonolência.
- Levei de dez a quinze segundos para recobrar a consciência - revelou ele. - Senti-me confuso e estonteado, e tive a impressão de que eu ia apagar. Foi uma coisa feita com raiva. Eu queria provar que era capaz.
O ricto assustador durante a levitação é, pelo menos em parte, reminiscência de São José de Copertino, o levitador mais famoso de todos, que, segundo declarações de testemunhas, começava e terminava êxtases com um grito agudo e penetrante.

Charles Berlitz

O livro dos Fenómenos Estranhos

Os Sonhos e as Premonições de Chris Sizemore

As pessoas que sofrem de personalidades múltiplas já têm problemas suficientes. No entanto, como Chris Sizemore, protagonista na vida real de As Três Faces de Eva, muitas dessas pessoas relatam serem atormentadas por imagens psíquicas e sonhos.
Sizemore diz que viveu sua experiência mediúnica mais marcante ainda criança, quando sua irmã teve pneumonia. Pelo menos todo mundo pensava que fosse pneumonia, exceto Chris, que contou um sonho perturbador. Ela se viu descendo uma colina muito arborizada, em direção à planície. Quando se virou para subir o morro outra vez, Jesus apareceu diante dela e disse:
- Minha filha, sua irmã está como difteria, não pneumonia. Conte a sua mãe.
Quando Chris contou o sonho aos pais, eles receberam a informação com ceticismo. Mas chamaram o médico da família, que reexaminou a menina e diagnosticou o caso como difteria. O sonho de Chris provavelmente salvou a vida da irmã.
Nessa época, Chris já sofria por causa das múltiplas personalidades. Ela jamais foi curada por seus psiquiatras, a despeito do soerguimento moral que culminou com um livro e um filme sobre sua vida. Passou vários anos perturbada, vivendo períodos em que mudava de personalidade constantemente, em Roanoke, Virginia, onde suas experiências mediúnicas ocorreram repetidas vezes.
Esses episódios normalmente assumiam a forma de premonições e, invariavelmente, focalizavam sua família. Certa ocasião, ela teve uma visão em que o marido foi eletrocutado. Pediu-lhe para que não fosse ao trabalho naquele dia. O substituto, enviado para reparar alguns cabos de força, morreu eletrocutado durante o serviço.
Posteriormente, sentiu medo quando a filha teve de tomar a vacina antipólio do dr. Salk. O marido recusou-se a levar a premonição a sério, e a pequena recebeu uma dose de vacina estragada. Resultado: a menina ficou seriamente doente.

Charles Berlitz

O livro dos Fenómenos Estranhos

O OVNI de Stonehenge

De modo geral, pousos de OVNIs são imaginados como acontecimentos furtivos, realizados em áreas relativamente isoladas, longe de olhos curiosos. Nenhum OVNI, por exemplo, jamais apareceu no jardim da Casa Branca, nem pousou em plena praça Vermelha.
Não obstante, os OVNIs freqüentemente têm sido vistos em cidades populosas. Várias pessoas declararam que viram um disco voador pousar no edifício de apartamentos Stonehenge, em Jersey City, na noite de 12 de janeiro de 1975. O objeto esférico foi visto por pelo menos nove observadores, inclusive o porteiro, tanto dentro como fora do prédio.
De acordo com os relatórios publicados, depois que o OVNI desceu no parque, uma portinhola foi aberta, e pequenos ocupantes humanóides, vestidos como "garotos com roupas apropriadas para a neve", desceram por uma escada. Em seguida, eles começaram a escavar a grama com instrumentos semelhantes a pás. Retiradas as amostras do solo e colocadas dentro de objetos extraterrestres semelhantes a baldes, os diminutos humanóides voltaram à nave espacial. Ela então decolou com um brilho de luz muito intenso, e desapareceu no céu da noite.
- A esfera era escura, quase preta - segundo as declarações de uma testemunha - e fazia um ruído monótono, como um motor de geladeira.
Um ano depois, em janeiro e fevereiro de 1976, ao que parece, o OVNI voltou ao mesmo local das escavações anteriores. Ele foi visto em três ocasiões distintas por moradores do edifício de apartamentos Stonehenge e por pedestres que passavam por ali. Existe uma curiosa coincidência com o nome do edifício de apartamentos. Na Inglaterra, na planície de Salisbury, as estranhas e não identificadas ruínas de Stonehenge, conforme contam, teriam sido construídas para receber visitantes de outros planetas.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

Uma Incrível Coincidência

Fatos da vida muitas vezes imitam a ficção. Vejamos o misterioso caso dos dois Richard Parker. O primeiro, um taifeiro, personagem da Narrativa de Arthur Gordon Pym, romance inacabado de Edgar Allan Poe, publicado em 1837. No curso da narrativa de Poe, quatro marinheiros naufragam no mar e escapam em pequeno barco salva-vidas. Ameaçados pela fome, os quatro finalmente decidem tirar a sorte para ver quem seria sacrificado e canibalizado pelos outros três. Parker tirou o palito mais curto e foi prontamente esfaqueado e devorado pelo trio de sobreviventes.
Mais de quarenta anos depois a história inacabada de Edgar Allan Poe repetiu-se com incrível precisão e com detalhes macabros. Quatro sobreviventes de um naufrágio salvaram-se com o bote salva-vidas, tiraram a sorte com palitos para ver quem sobreviveria e quem seria devorado. E o perdedor foi Richard Parker, o taifeiro do navio. Seus companheiros foram julgados por um tribunal inglês, em 1884.
O evento macabro talvez nem tivesse chegado ao conhecimento do grande público, não fosse um concurso patrocinado pelo London Sunday Times em busca de coincidências incríveis. Nigel Parker, um menino de 12 anos, venceu a competição. O infeliz taifeiro devorado pelos companheiros de navio fora primo do bisavô de Nigel.

Charles Berlitz

O livro dos Fenómenos Estranhos

As Crianças Perdidas

Uma mulher desesperada por encontrar seus filhos perdidos é capaz de fazer qualquer coisa. Vejamos o caso de Joanne Tomchik, de Nova York, que perdeu seus filhos, de 3 e 5 anos de idade, quando foram raptados pelo ex-marido em 1972.
Fora de si, Joanne procurou a ajuda da polícia e até chegou a contratar detetives particulares. Mas um ano e 6 mil dólares em honorários depois, ainda não havia nenhuma pista sobre o paradeiro do marido ou das crianças.
Então ela ouviu uma transmissão radiofônica sobre PES e decidiu recorrer à ajuda de um médium. O grupo responsável pelo programa de rádio indicou-a à sra. Millie Cotant, que olhou fixamente algumas fotos das crianças e finalmente teve uma visão: um trailer e uma caminhonete azul-clara com placas da Carolina.
Aquilo foi suficiente para a sra. Joanne Tomchik. Ela notificou a polícia da Carolina do Norte e do Sul, enviando aos dois Estados fotos dos filhos e do ex-marido. Um mês depois, em Wilson, Carolina do Norte, Andrew Tomchik foi localizado, morando com as crianças em um estacionamento próprio para trailers. Ele estivera usando uma caminhonete azul-clara. Tomchik foi considerado culpado por violar o direito de visita aos filhos, e a sra. Joanne Tomchik ficou feliz ao tê-los de volta ao lar.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

As Profecias de São Malaquias

Um dos mais obscuros profetas da Idade Média, São Malaquias, um monge irlandês que se tornou arcebispo de Armagh e primaz da Irlanda por volta de 1132, morreu em 1148. Mas suas profecias, encontradas na forma de anotações, foram recolhidas e publicadas pelo Vaticano em 1595.
As profecias de São Malaquias foram colocadas na forma de um registro papal, projetado a partir do século 12, com um comentário sobre cada um dos novos papas ou o caráter de seu papado. Muitas das profecias foram consideradas surpreendentemente pertinentes. O registro termina com "Pedro, o Romano", em um tempo que, segundo os cálculos, deverá coincidir com o final deste século, ou com a chegada do terceiro milênio.
Entre Pedro e alguém que parece ser o papa Pio XI, haverá seis outros chefes do Vaticano. Durante o papado de Pedro, "a cidade das Sete Colinas será destruída, e o Respeitável Juiz julgará seu próprio povo".
A história profética do papado sempre foi muito comentada entre teólogos católicos. Seu conhecimento pode ter contribuído para a visão reportada pelo papa Pio X em 1909. Saindo de um transe, ele disse:
- O que vejo é terrível. Serei eu mesmo... ou meu sucessor... o papa sairá de Roma e, depois de ter deixado o Vaticano, terá de caminhar sobre os cadáveres de seus padres.
O tempo, naturalmente, dirá se as terríveis profecias de São Malaquias serão realizadas.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

Alongamento Corporal

O mais prolífico realizador de milagres modernos foi, inquestionavelmente, o médium escocês do século 19 Daniel Douglas Home (1833-86), que, certa vez, chegou a flutuar para fora de uma janela localizada no segundo pavimento de um edifício em plena luz do dia, diante de várias testemunhas.
Entre os feitos miraculosos de Home estavam a capacidade de mover objetos pesados, conversar com espíritos de pessoas falecidas, e esfregar brasas em seu rosto sem sofrer nenhum dano aparente. Um homem de físico frágil, Home também podia alongar seu corpo, acrescentando até 15 centímetros a sua altura normal.
Em uma certa ocasião, esse alongamento corporal foi testemunhado por lorde Adare, filho do terceiro conde de Dunraven. Colocado entre o lorde e um certo sr. Jencken, Home entrou no estado familiar de transe em que muitos de seus milagres foram realizados.
- O espírito guardião é muito alto e forte - concluiu ele.
Sem que ninguém esperasse, Home cresceu mais 15 centímetros, e sua cabeça ultrapassou em altura a dos dois homens atônitos que estavam a seu lado.
Respondendo a suas perguntas, Home declarou:
- Daniel vai mostrar-lhes como é - e desabotoou seu casaco. Ele sempre se referia a si mesmo na terceira pessoa, quando estava em transe.
Lorde Adare notou que o alongamento parecia ter acontecido da cintura para cima, pois 10 centímetros de carne nova apareciam entre o colete e a cintura da calça de Home.
Então, Home voltou ao tamanho original, e disse:
- Daniel vai crescer outra vez.
E, para perplexidade de Lorde Adare, voltou a aumentar de tamanho.
Home começou a caminhar pelo aposento, batendo os pés para mostrar que estavam firmemente plantados no chão, e voltou, lentamente, a sua altura normal. Como acontecia com a maioria de seus feitos fantásticos, Home realizava o "truque" de alongamento corporal com a maior tranqüilidade.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

O Mistério de Mitchell Fiat

Luzes fantasmagóricas que assombram o mesmo local ano após ano dificilmente podem ser classificadas como um fenômeno isolado. Pelo menos 35 desses lugares são conhecidos só nos EUA e no Canadá. Mas poucas luzes fantasmas podem ser mais conhecidas e folclóricas do que as que, segundo dizem, pairam sobre Mitchell Fiat, nas proximidades da atual cidade de Marfa, região oeste do Texas.
Os relatos de luminosos globos dançantes sobre o solo do deserto datam dos tempos dos apaches mescaleros. Robert Ellison, um dos primeiros colonos brancos na área, viu esses globos já em 1883, e pensou que fossem fogueiras de acampamentos indígenas. Mais recentemente, James Dean, enquanto filmava “Assim Caminha a Humanidade” em Marfa, nos anos 50, manteve constantemente um telescópio assestado em uma cerca de arame farpado, na esperança de ver as luzes.
Nos dias de hoje, quando as condições atmosféricas são favoráveis, as luzes podem ser vistas como se fossem brilhantes feijões mexicanos saltadores, desde que você se posicione em um determinado local na rodovia 90, cerca de 13 quilômetros a leste da cidade. Eles normalmente dançam à distância, a meio caminho entre a rodovia e as montanhas Chinati, mas em raras ocasiões se aventuram a aproximar-se, o que facilita sua observação.
Charles Cude, de San Antônio, acabara de estacionar seu carro no acostamento da estrada certa noite, quando viu duas luzes.
- Parecia ser um automóvel atravessando a pista, indo do leste para o oeste - disse ele.
Quando Cude percebeu que não havia nenhuma estrada cruzando a pista onde estava, uma das luzes, de repente, subiu a uma grande altura.
Alguns momentos depois, outra luz passou entre o carro de Cude e um outro, estacionado no acostamento oposto, desaparecendo no meio do deserto. Charles Cude declarou que a luz parecia ter entre 50 e 70 centímetros de diâmetro. Sua superfície, segundo ele, lembrava as fotos tiradas da Terra por astronautas em órbita,
- Era um globo brilhante coberto com nuvens arrastadas em torvelinho.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

OVNIs no Hudson Valley

Um dos mais extraordinários exemplos de aparição de um objeto voador não identificado, com um grande número de testemunhas, começou na véspera do Ano-novo de 1982, inundando de gente o Hudson Valley em Nova York, e particularmente os municípios de Westchester e Putnam. No verão de 1987, mais de 5 mil pessoas viram (e em muitos casos fotografaram e filmaram em vídeo) um enorme OVNI de formato triangular, cuja silhueta iluminada ficou conhecida como o "Hudson Valley Boomerang".
Muitas das aparições ocorreram entre os anos de 1983 e 1984. Motoristas no Taconic Parkway estacionavam seus carros no acostamento da estrada para admirar um gigantesco e silencioso objeto que se movia lentamente, que muitos descreviam em termos de campos de futebol e não em centímetros. Uma testemunha perplexa chegou a dizer que o objeto era tão grande quanto um porta-aviões. Outra comparou-o a uma "cidade voadora".
A despeito do número de fotos autênticas, e de testemunhas confiáveis, inclusive pilotos, engenheiros e altos executivos de grandes empresas, os céticos simplesmente declararam que o caso havia sido "solucionado". Os culpados seriam, supostamente, um grupo de pilotos civis que, em frontal violação aos regulamentos da FAA (Federal Aviation Administration), reuniam-se à noite para assustar os residentes locais. Os "marcianos", como passaram a ser chamados, supostamente voariam com seus Cessna em formações fechadas para que as pessoas tivessem a ilusão de estar vendo um grande objeto iluminado manobrando no céu.
O único problema com a "solução" dos céticos é que várias testemunhas filmaram tanto os "marcianos" quanto o OVNI em pleno vôo, e a diferença é facilmente distinguível. Outras testemunhas disseram que os Cessna podiam ser ouvidos perfeitamente, enquanto o OVNI era misteriosamente silencioso.
Além disso, o imenso bumerangue iluminado pairava sobre a usina nuclear local, uma manobra acrobática que os Cessna civis, por mais audazes que fossem seus pilotos, jamais conseguiriam realizar.
Finalmente, se os céticos acham que realmente solucionaram o caso dos OVNIs de Hudson Valley, eles são moralmente obrigados a levar os responsáveis às autoridades, para que sejam punidos. Se não for assim, seremos forçados a concluir que gigantescos objetos voadores não identificados estão fora da atual jurisdição da FAA.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

A Psicofísica e o Mercado a Futuro

Os poderes mediúnicos podem ajudar a prever o movimento do mercado a futuro na Bolsa de Valores? Esta pergunta foi feita recentemente pelo psicólogo e médium Keith Harary e pelo físico Russell Targ. Para conduzir seus experimentos, os pesquisadores escolheram o mercado da prata, que é notoriamente instável e oscila rapidamente de dia para dia. Diversos investidores mostraram-se dispostos a aplicar grandes somas de dinheiro baseados nas previsões de Harary.
Para aliviar a tensão durante a experiência, e para impedir que Harary se sentisse muito tenso enquanto fazia suas previsões, os prognósticos eram feitos de maneira indireta. Toda quinta-feira, desde 16 de setembro de 1982, Targ pedia a Harary para que descrevesse o objeto - escolhido a partir de um grupo - que ele veria na segunda-feira seguinte. Cada um dos quatro objetos designava uma oscilação em particular do mercado a futuro da prata, desde uma alta até uma queda acentuada.
Depois das respostas dadas pelo médium, Targ olhava para o grupo de objetos e decidia qual deles Harary havia descrito. A oscilação correspondente no mercado da prata era então comunicada aos investidores, que usavam a informação para comprar ou vender.
A experiência redundou em extraordinário sucesso. Sete transações consecutivas foram feitas com base nas sete previsões corretas, e os investidores ganharam 120 mil dólares na Bolsa de Valores.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

As Vidas de Shirley MacLaine

Em uma carreira cinematográfica com muitos altos e baixos, Shirley MacLaine transformou-se de repente em grande estrela. Versátil e talentosa, ela dança, canta e representa. Depois de várias vezes indicada para o grande prêmio da Academia, ela finalmente ganhou um Oscar, em 1983, por sua atuação no filme Laços de Ternura; mas ela previu que isso aconteceria.
- Enquanto eu me preparava para o filme - diz ela -, tive uma visão de como seriam os eventos futuros, que se confirmaram: o filme foi um sucesso, ganhei o Oscar, e depois escrevi um livro sobre minhas experiências mediúnicas: Minhas Vidas.
Durante toda sua longa carreira, Shirley MacLaine sempre sofreu o nervosismo de estréia, ou o medo de representar, fato muito comum entre os atores. Mas ela conseguiu curar-se, consultando um acupunturista no deserto do Novo México. Após ser submetida a um tratamento, Shirley MacLaine, como muitos dos clientes do acupunturista, lembrou-se de vidas passadas.
- Na verdade - declarou -, em uma de minhas vidas passadas eu fui um bobo da corte, morto decapitado após uma apresentação em particular para o rei.
Ela afirmou que em sua experiência de regressão, conseguiu ver a cabeça do bobo da corte rolando pelo chão.
- Não admira que eu tivesse medo de representar - concluiu.
A visão ajudou-a a superar o problema, e contribuiu para seu futuro sucesso.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

A Televisão Assombrada

Muitos médiuns talentosos afirmam que são capazes de projetar imagens em filmes lacrados. Mas existem outros que dizem poder transmitir imagens para a tela de um televisor.
Nesse aspecto, um dos casos mais estranhos foi relatado pela família Travis de Blue Point, Nova York. Os três filhos do casal assistiam à televisão, quando viram um rosto surgir na tela, obscurecendo o programa que tentavam ver. A sra. Travis não acreditou na história quando eles lhe contaram, mas ficou abismada quando viu a imagem com seus próprios olhos. O rosto, com forma de um perfil em silhueta, parecia ser feminino, e continuou perfeitamente visível mesmo com o aparelho desligado.
A notícia da televisão "assombrada" espalhou-se rapidamente por toda Blue Point. E, durante os dois próximos dias, dezenas de pessoas, inclusive repórteres, fotógrafos e técnicos de tevê, acorreram à residência dos Travis. Cada um tinha uma teoria diferente para explicar como o rosto aparecera ali. Algumas das testemunhas, por exemplo, acharam que o perfil era um resíduo eletrônico da cantora Francy Lane, que aparecera na televisão no dia anterior. Mas essa sugestão e outras não foram aceitas.
A imagem finalmente desapareceu 51 horas depois, tão misteriosamente quanto aparecera, embora existam diversas fotos que provam que ela existiu realmente.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Luzes Fantasmas

Os galeses as chamavam de "velas de cadáveres", e associavam os fantasmagóricos glóbulos de luzes dançantes com uma morte iminente. Elas também já foram chamadas de luzes fantasmas e fogo-fátuo.
Em seu livro, British Goblins, Wirt Sikes, ex-cônsul dos EUA no País de Gales, recolheu diversos relatos de testemunhas sobre essas luzes misteriosas, inclusive um em que os passageiros de um ônibus entre Llandilo e Carmathen viram três luzes pálidas, quando cruzavam uma ponte sobre um rio em Golden Grove. Três homens morreram afogados no mesmo lugar, poucos dias depois, quando seu pequeno barco soçobrou.
John Aubrey, autor de Miscellanies, contou a história de uma mulher que afirmou ter visto cinco luzes pairando na sala recentemente pintada da casa onde trabalhava. Ela disse que foi aceso um fogo para secar as paredes, e cinco outros trabalhadores morreram em conseqüência da fumaça.
Outras histórias sobre luzes fantasmas podem ser encontradas na coleção enciclopédica Lightning, Auroras and Nocturnal Lights, de Corliss. Uma história particularmente assustadora é contada por um homem de Lincoln, Inglaterra, que passeava com seu cavalo na primavera de 1913.
- Durante meu passeio - disse ele -, um fogo-fátuo chamou minha atenção, seguindo na mesma direção para onde eu estava indo. Seu movimento era irregular, às vezes perto da superfície, e então, de repente, ele se elevou a uma altura de quase 2 metros. - Segui a luz com todo cuidado durante uma certa distância, pois eu estava decidido a, se possível, inspecionar melhor aquele meu guia luminoso. Como a noite estava muito escura, eu tinha todas as condições favoráveis para minha observação. A distância, a luz fez uma manobra e parou no meio da estrada. Desmontei, na esperança de capturá-la. Mas fiquei decepcionado. Pois à minha aproximação, talvez pelo barulho que fiz, ou por algum outro motivo, ela de repente se levantou, permaneceu a uns 60 centímetros de altura do solo, iluminou um aterro, e prosseguiu seu curso em linha reta sobre os campos contíguos. Os grandes e profundos diques impossibilitaram minha perseguição. Mas meus olhos seguiram seu movimento constante até seu brilho se perder com a distância.

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

O Fantasma Saltador

Se Charles Dickens tivesse senso de humor mais vicioso, poderia ter criado um personagem semelhante a Spring-Heel Jack. O fato de ter esse fantasma surgido aparentemente no centro de Londres demonstra que a realidade continua a exceder a imaginação de artistas e escritores.
Spring-Heel Jack surgiu pela primeira vez no início do século passado em Barnes Common, região sudoeste de Londres, pulando diante das pessoas, atacando-as fisicamente, e fugindo sempre com inacreditável capacidade de saltar. Uma das vítimas, Lucy Sales, garota de 18 anos, foi atacada quando se dirigia para casa em Green Dragon Alley, Limehouse. A figura encapotada pulou a sua frente, saindo da escuridão, cuspiu chamas que temporariamente cegaram Lucy, e então afastou-se saltando.
Jane Alsop, de Bearhind Lane, ao abrir a porta de casa para ver quem batia, defrontou-se com uma figura sombria vestida com capa, que disse:
- Sou um policial. Pelo amor de Deus, traga-me um candeeiro. Capturamos Spring-Hell Jack nesta rua!
Ela voltou com uma vela, mas o "policial" jogou para trás as roupas, revelando uma terrível visão vestida com um capacete com chifres e um uniforme branco, que realçava as formas do corpo. Ele imediatamente agarrou-a e começou a passar as mãos em seu corpo. A respeito do atacante, Jane disse:
- O rosto dele era horrendo, seus olhos ardiam como bolas de fogo. As mãos, grandes e frias, pareciam pedras de gelo, e ele cuspia chamas azuis e brancas.
A histeria tomou conta da vizinhança. Foram organizados grupos para manter a ordem local, porém Spring-Heel Jack estava sempre um salto à frente dos captores. Uma de suas últimas aparições aconteceu no quartel de Aldershot, em 1877, onde atacou três sentinelas. Vários soldados dispararam os fuzis contra o atacante, mas ele conseguiu fugir.
Uma teoria dizia que Spring-Heel Jack seria, na realidade, o vagabundo nobre Henry, marquês de Waterford, que supostamente usava nos tornozelos molas de carruagem, para manter sua atlética agilidade. Essa hipótese parece quase tão incrível quanto a de que Spring-Heel Jack cuspia fogo. O marquês de Waterford teria de repetir o surpreendente ato por mais de quatro décadas, o que não seria nada fácil para um homem que, na ocasião, já deveria passar dos 60 anos.
A teoria parece ainda menos provável à luz do fato de que pára-quedistas alemães, durante a Segunda Guerra Mundial, realizaram experiências com molas similares, projetadas para suavizar seus pousos. As experiências resultaram em uma série de tornozelos quebrados.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

domingo, 25 de fevereiro de 2024

O Carneiro com Dentes de Ouro

George Veripoulos, um sacerdote ortodoxo grego que mora em Atenas, teve uma grande surpresa em 1985, quando sentouse para comer um prato de kefalaki - cabeça de carneiro cozida. Ele já estava se preparando para degustar seu repasto, preparado por sua irmã, quando notou uma coisa estranha. Os dentes inferiores do carneiro estavam obturados com ouro.
O sacerdote levou a cabeça a um ourives, que confirmou que os dentes haviam sido obturados com ouro no valor de 4.500 dólares. Veripoulos relatou sua estranha descoberta a seu cunhado Nicos Kotsovos, que imediatamente inspecionou o resto de seu rebanho - quatrocentos carneiros. Nenhum deles tinha dentes similares. Um veterinário local foi consultado, mas ele, também, ficou perplexo pelos dentes de ouro.
Finalmente, até mesmo o Ministério da Agricultura da Grécia foi chamado a intervir no caso. Um porta-voz do ministério declarou posteriormente aos repórteres:
- Foi encontrado ouro também na mandíbula. Como é que vocês explicam isso? Eu não tenho nenhuma explicação. Estou completamente atônito.
Todo mundo também ficou aturdido. Mas em Atenas os fazendeiros locais passaram a inspecionar as bocas de seus carneiros com muita atenção.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Foi Aí que Nós Chegamos

Após o primeiro teste da bomba atômica em Alamogordo, em 1945, descobriu-se que o local da explosão estava coberto com uma camada de vidro verde fundido, areia transformada em vidro pela explosão.
Vários anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, cientistas realizaram escavações nas proximidades da Babilônia, a antiga grande metrópole da Mesopotâmia e, ao que se supõe, local da Torre de Babel. Com o objetivo de apurar até que profundidade as camadas de ruínas e artefatos chegavam, os arqueólogos cavaram um túnel experimental na vertical, para catalogar suas descobertas por épocas.
Eles cavaram abaixo da era de grandes ruínas antigas, e passaram por uma cidade do passado enterrada sob camadas de loesses inundados. Então, prosseguindo com as escavações, eles encontraram aldeias que indicavam uma cultura agrária. Descendo mais ainda, descobriram fundações de uma cultura voltada à caça e à criação de gado, com artefatos ainda mais primitivos. A escavação chegou ao fim quando, por baixo de todas essas camadas anteriores, os cientistas encontraram uma camada sólida de vidro fundido.
***

Neto do fundador dos famosos cursos de inglês Berlitz, o autor de "Atlântida, o oitavo continente" nasceu em Nova York, em 1914. Desde cedo, interessou-se por tudo aquilo que se referisse ao mar e se tornou um hábil mergulhador. Ao mesmo tempo, dedicava-se com afinco a lingüística, seguindo as pegadas do avô, e tornou-se capaz de dominar trinta idiomas. Penetrou também nos segredos da arqueologia e da história. De suas pesquisas, resultaram vários artigos e livros, entre os quais "O Triângulo das Bermudas", que se tornou um best-seller. Traduzido para vinte idiomas, só em inglês vendeu cinco milhões de exemplares.
Sempre fascinado pelos mistérios da história, Charles Berlitz. escreveu "Mistério na Atlântida" e ainda "Atlântida, o oitavo continente", um dos mais intrincados enigmas que acompanham o homem desde a Antigüidade.
Do autor, o Círculo do Livro já publicou "O Triângulo das Bermudas", "Atlântida, o oitavo continente", "Sem deixar vestígios" e "As línguas do mundo".

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Missie, a Cachorra Vidente

Quando Mildred Probert, gerente aposentada de uma loja de animais de estimação de Denver, Colorado, ganhou Missie, resolveu cuidar da cachorrinha Boston temer, que estava bastante adoentada. Foram necessários cinco anos, mas, finalmente, os extraordinários talentos da cachorrinha emergiram.
Um dia, quando Mildred estava passeando pela rua com Missie, elas passaram por uma mulher acompanhada do filho. Ela perguntou ao menino qual era sua idade, porém o garoto, muito tímido, não respondeu. A mãe disse que o menino tinha 3 anos. Enquanto Mildred tentava fazer o garoto dizer "três", Missie, espontaneamente, latiu três vezes. Todas as pessoas que estavam ali por perto riram da coincidência, mas o episódio acabou mostrando ser mais do que uma simples travessura. Acontece que Missie podia responder a várias perguntas por meio de latidos, especialmente problemas matemáticos. Não demorou muito para que Mildred percebesse que a cachorrinha podia até mesmo prever o futuro.
No entanto, a grande façanha da cachorrinha aconteceu na véspera do Ano-novo, em 1965, quando ela foi "entrevistada" por uma emissora de rádio. Na ocasião, Nova York defrontava com terrível greve de trânsito, e as negociações haviam chegado a um impasse. Assim, o apresentador do programa quis saber de Missie quando terminaria a greve, fazendo perguntas que pudessem ser respondidas por latidos. A cachorrinha latiu, respondendo que a data crítica seria 13 de janeiro - que foi realmente o exato dia em que a greve terminou. Missie previu também, acertadamente, o time que venceria o campeonato de beisebol daquele ano.
Às vezes, Missie surgia com informações totalmente inesperadas. No dia 10 de setembro de 1965, recebeu a visita de uma mulher grávida. Como a cachorrinha já havia previsto com acerto datas de nascimentos de bebês no passado, decidiu consultá-la. Missie respondeu à pergunta, informando que o nascimento se daria no dia 18 de setembro. A mulher grávida sorriu e não acreditou na "previsão", já que, conforme explicou a Mildred, seu médico já marcara cesariana para o dia 6 de outubro. Ela mostrou-se mais cética ainda quando Missie informou, por meio de latidos, que o bebê nasceria às 21 horas, pois o médico não trabalhava à noite.
Acontece que tudo se passou como Missie previra. A mulher grávida entrou inesperadamente em trabalho de parto no dia 18 e foi levada às pressas para o hospital, onde o bebê nasceu exatamente às 21 horas.
A carreira da cachorrinha como celebridade mediúnica não durou muito tempo. Ela engasgou com pedaços de doce e morreu em maio de 1966. Na ocasião, Walt Disney estava planejando fazer um filme sobre sua vida extraordinária.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

A Levitação do Faquir

A Meditação Transcendental ganhou grande notoriedade nos anos 70, quando líderes do movimento declararam que seus praticantes podiam levitar. Mas, a despeito de todas as afirmações nesse sentido, nem um único adepto da MT foi visto flutuando acima do solo.
Isso, no entanto, não significa que os poderes da mente não possam ajudar uma pessoa a desafiar a gravidade. Existem testemunhos de levitação humana em vários momentos da história cultural do Oriente e do Ocidente. Um dos mais impressionantes relatos data do início da segunda metade do século 19 e foi feito por Louis Jacolliot, um juiz francês que viajou muito pelo Oriente. De acordo com Jacolliot, seu interesse pela ioga aumentou quando conheceu um faquir chamado Covindasamy, em 1866. Os dois homens começaram a realizar experimentos mediúnicos juntos, e um dia, antes do almoço, Covindasamy decidiu fazer uma surpreendente demonstração ao amigo.
Escreveu o juiz em seu livro Occult Science in Indian and Among the Ancients:
“O iogue estava caminhando em direção à porta da varanda quando, obviamente, mudou de idéia. O faquir parou junto à porta que dava para a escada dos fundos e, cruzando os braços, levitou - ou pelo menos foi o que me pareceu - gradativamente, sem nenhum apoio visível, até chegar a 30 centímetros acima do solo. Pude determinar a altura exata, graças a um marco no qual fixei meus olhos durante o curto espaço de tempo em que o fenômeno durou. Atrás do faquir havia uma cortina de seda com listras vermelhas, douradas e brancas de igual largura, e notei que os pés do faquir chegaram a subir à altura da sexta listra. Quando vi que ele começava a levitar, procurei fixar minha atenção.”
De acordo com Jacolliot, o faquir permaneceu levitando durante cerca de dez minutos, em cinco dos quais pareceu não mover nenhum músculo.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

sábado, 17 de fevereiro de 2024

O Humanóide Voador

Por volta das 20h30 de uma noite tranqüila, em 12 de julho de 1977, Adrián de Olmos Ordónez, de 42 anos, descansava na sacada de sua casa em Quebradillas, Porto Rico, quando viu alguma coisa esgueirar-se sob a cerca de arame farpado na fazenda próxima.
No escuro, Adrián percebeu que era uma figura pequena, aparentemente uma criança.
Uma observação mais acurada, no entanto, revelou que não se tratava de uma criança normal. A criatura usava uma roupa verde inflada de ar e um capacete metálico.
- O capacete portava antena com luz brilhante ou chama na ponta - afirmou ele.
Adrián chamou a filha Iracema e pediu que lhe trouxesse lápis e papel, para desenhar a figura enquanto a observava.
- Pedi também que apagasse a luz da sala de estar - declarou ele ao ufologista porto-riquenho Sebastián Robiou Lamarche -, mas ela se enganou e acendeu a luz da sacada. A criatura assustou-se e fugiu.
E Adrián acrescentou:
- No instante em que a luz da sacada foi acesa, vi a criatura correr em direção à cerca de arame farpado. A "coisa" passou por baixo dela e então parou. Colocou as mãos na parte frontal do cinto e um objeto que havia em suas costas, que mais parecia uma mochila, acendeu e emitiu um som como o de furadeira elétrica. Então, a criatura elevou-se no ar e saiu voando em direção às árvores.
Nesse ponto, a filha de Adrián, juntamente com a mulher e os outros dois filhos, saíram da casa e viram as luzes do dispositivo voador das costas daquele ser estranho, enquanto ele se afastava em pleno ar.
No decorrer dos dez minutos seguintes ficaram todos a observar as luzes movimentarem-se de árvore em árvore, às vezes descendo rapidamente até o nível do chão. Enquanto isso, um grupo de vizinhos uniu-se a eles e também viu o estranho espetáculo. Finalmente, um segundo grupo de luzes, presumivelmente de outro humanóide, juntou-se ao primeiro - talvez, pensou Adrián, para ajudar o companheiro.
- Tivemos a impressão de que o equipamento das costas da criatura não estava funcionando bem.
Pouco depois, as luzes desapareceram, deixando apenas um punhado de pessoas assustadas, que não perderam tempo em notificar a polícia. Os policiais realizaram ampla investigação, assim como o conhecido ufologista porto-riquenho Robiou Lamarche. Relatando suas investigações para a revista britânica Flying Saucer Review, Lamarche escreveu:
Durante nossas investigações, pudemos perceber que o sr. Adrián é pessoa séria, trabalhadora e muito respeitada, digna de consideração por parte de todos os vizinhos. Ele é um empresário dedicado à distribuição de ração para gado em toda a área noroeste da ilha. Jamais se interessara pelo fenômeno dos OVNIs, nem por quaisquer assuntos afins. Adrián nos declarou que agora acredita nessas coisas.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

O Fantasma de Washington Irving

Será que o autor de uma das mais famosas histórias de fantasmas da literatura americana voltaria do mundo dos mortos para pregar uma peça em alguém? Washington Irving, autor de The Legend of Sleepy Hollow, era um homem engenhoso, gostava de se divertir, às vezes, à custa dos outros.
Pouco depois da morte de Irving, um dos velhos amigos do autor, o dr. J. G. Cogswell, trabalhava em sua biblioteca quando viu um homem retirar um livro da estante e desaparecer. Cogswell teve certeza de que o homem era Washington Irving - até ver uma outra figura fantasmagórica, a imagem de um segundo amigo já falecido, devolver um livro à estante.
E isso não foi tudo. O sobrinho de Irving, Pierre, segundo consta, teria visto o fantasma de seu tio na casa do falecido em Tarrytown, Nova York. Ali, Pierre e duas filhas disseram ter visto nitidamente o famoso autor caminhando pela sala de estar e entrar na biblioteca, onde ele costumava executar seu trabalho.
Quando vivo, Irving costumava declarar que não acreditava em fantasmas. O cavaleiro sem cabeça de sua obra, afinal de contas, era, na verdade, um simples mortal vestido de forma a assustar um rival. É provável que seu sobrinho tivesse a mesma opinião - até que o próprio Irving provou que os dois estavam errados.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Luz Vermelha Sobre Ithaca

Rita Malley, jovem mãe de dois filhos, dirigia o carro de volta para casa em Ithaca, Nova York, na noite de 12 de dezembro de 1967, quando percebeu que uma luz vermelha a seguia. A princípio, pensou estar sendo seguida por uma viatura policial. Já se preparava para estacionar no acostamento, quando percebeu que a luz estava acoplada a um estranho objeto voador, que se movimentava pouco acima dos fios dos postes de eletricidade à esquerda.
Aquilo já seria suficiente para deixá-la assustada, porém não foi nada comparado ao que aconteceu depois. Percebendo que não conseguia mais controlar o carro, gritou para seu filho, que viajava com ela, alertando-o e falando sobre o risco de acidente. Mas, por estranho que possa parecer, o garoto não respondeu nem se moveu.
- Era como se ele estivesse sofrendo algum tipo de transe - contou Rita posteriormente. - O carro dirigiu-se para o acostamento sozinho, seguiu para um terreno que havia sido preparado para o plantio de alfafa e parou. Percebi um feixe de luz que vinha do objeto - acrescentou ela - e ouvi um ruído monótono. Em seguida, passei a ouvir vozes. As palavras eram interrompidas e rápidas, como as de um intérprete repetindo um discurso nas Nações Unidas.
Rita declarou ter ficado histérica quando lhe disseram que uma amiga se envolvera em terrível acidente, a alguns quilômetros dali. Depois de certo tempo, seu carro começou a se movimentar novamente. Ela pisou fundo no acelerador e procurou chegar logo em casa.
- Percebi que algo estava errado no momento em que ela chegou - revelou o marido John ao repórter do Syracuse Herald-Joumal. - Pensei que talvez tivesse sofrido um acidente com o carro ou coisa parecida.
No outro dia, Rita ficou sabendo que realmente uma amiga sofrerá um grave acidente automobilístico, na noite anterior.
Nos dias que se seguiram, de acordo com repórteres e investigadores de OVNIs que a entrevistaram, a sra. Rita Malley não conseguia falar sobre a bizarra experiência sem chorar.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

domingo, 11 de fevereiro de 2024

O Toque Terapêutico

Toque terapêutico é o nome mais recente para o que anteriormente era chamado de "passe". O médium passa as mãos sobre o paciente, tentando infundir ou redistribuir energia pelo corpo. As pessoas que recebem o toque terapêutico declaram sentir-se melhor e, freqüentemente, suas dores desaparecem. Mas existe alguma prova objetiva de que ele realmente funcione? Sim, de acordo com um relatório publicado pela dra. Janet Quinn, em 1984.
Para determinar se os terapeutas realmente transmitiam energia, a dra. Quinn primeiro fazia com que eles entrassem em um estado de consciência interior, supostamente necessário antes que o tratamento pudesse funcionar. Após essa introspecção, ela fazia com que eles administrassem o tratamento movendo suas mãos sobre os corpos dos pacientes. Cada um deles indicava seu nível de ansiedade tanto antes quanto depois de receber o tratamento. Como era de esperar, os pacientes declararam uma significativa redução em sua ansiedade depois de receber o toque terapêutico.
A dra. Quinn também tentou descartar o efeito placebo, que, de acordo com alguns céticos, poderia explicar a eficiência do toque terapêutico. Para fazer isso, ela certificou-se de fazer com que alguns pacientes recebessem uma terapia "falsa", administrada por enfermeiras não experimentadas na técnica.
Essas praticantes aprenderam como imitar o toque terapêutico, mas não sabiam como entrar no estado especial de consciência que ajuda a curar. Os pacientes que receberam o tratamento falso não declararam nenhum efeito. A dra. Janet Quinn também gravou em vídeo as enfermeiras realizando o procedimento real e o falso, e mostrou as fitas a juizes, que foram solicitados a diferenciar entre os dois grupos. Os juízes não conseguiram apontar a diferença, indicando que os pacientes também não poderiam.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Extraterrestres Ameaçadores

No dia 3 de maio de 1975, Carlos Antônio de los Santos Montiel sobrevoava a Cidade do México, quando seu avião Piper PA-24 começou a balançar sem motivo aparente. Alguns momentos depois, o jovem piloto percebeu um objeto cinza-escuro em forma de disco, com pouco mais de 3 metros de diâmetro, perto da ponta da asa direita do avião. Objeto voador similar estava seguindo-o pela esquerda.
No entanto, o mais assustador de tudo é que um terceiro objeto vinha direto em sua direção. O OVNI passou tão rente sob o avião que chegou a riscar a parte inferior da fuselagem.
Carlos Antônio sentiu um medo muito grande, e o terror aumentou ainda mais quando descobriu que os controles do aparelho pareciam estar emperrados. Ele não conseguia operá-los, porém, por estranho que possa parecer, o avião continuou voando normalmente a 190 quilômetros por hora.
Quando os objetos voadores saíram de seu campo de visão, o piloto reassumiu o controle do avião. No mesmo instante, ele transmitiu uma mensagem pelo rádio ao aeroporto da Cidade do México, e chegou a chorar quando relatou o sucedido.
O pessoal da torre de controle levou a sério as informações, porque eles captaram os objetos na tela do radar.
- Os objetos fizeram uma curva de 270 graus a 833 quilômetros por hora, em um arco de apenas 5 quilômetros - revelou o controlador de tráfego Emílio Estanol aos repórteres. - Normalmente, um avião voando a essa velocidade precisa de 12 a 16 quilômetros para fazer uma manobra como essa. Em meus dezessete anos como controlador de tráfego, nunca vi coisa igual.
Depois de pousar em segurança, Carlos Antônio foi examinado por um médico, que o considerou apto. Mas em breve o piloto viria a saber que o sofrimento ainda não terminara.
Sua experiência ganhou a primeira página dos jornais mexicanos e, duas semanas mais tarde, Carlos Antônio, jovem de 23 anos de idade, cuja única ambição na vida era ser piloto de avião de passageiros, foi convidado a participar de um programa de entrevistas na televisão, para falar sobre sua experiência. Embora relutantemente, ele aceitou.
No dia em que seria entrevistado, Carlos Antônio seguia de carro pela estrada, a caminho da televisão. De repente, viu um grande automóvel preto - pensou que fosse a limusine de algum diplomata - cortar a frente de seu carro. Quando olhou pelo espelho retrovisor, notou um carro idêntico que vinha logo atrás. Os dois carros, tão novos que pareciam estar sendo dirigidos pela primeira vez, forçaram-no a sair da estrada.
Assim que parou, os outros dois carros também estacionaram. Carlos Antônio estava para sair do veículo, quando quatro homens altos, musculosos, abriram as portas de suas máquinas e se aproximaram. Um deles colocou as mãos na porta do carro do jovem piloto, como que para assegurar-se de que ele não poderia sair. O homem falou rapidamente, com sotaque estranho, quase "mecânico":
- Escute aqui, rapaz - disse o homem em espanhol -, se você dá valor à sua vida e à de sua família também, não fale mais nada sobre o que viu.
Carlos Antônio, extremamente assustado, limitou-se a observar os quatro homens, de aparência "escandinava", com a pele inusitadamente pálida e ternos pretos, que retornaram a seus carros e afastaram-se dali. Ele fez a volta na estrada e retornou para casa.
Dois dias mais tarde, o jovem piloto contou a história a Pedro Ferriz, o apresentador do programa de televisão em que seria entrevistado. Ferriz, aficionado da ufologia, disse que já ouvira outras declarações a respeito de estranhos "homens vestidos de preto" que ameaçavam testemunhas de OVNIs. Ele assegurou a Carlos Antônio que, a despeito das ameaças, não corria perigo. Com o passar do tempo, persuadiu-o a participar de outra entrevista, que transcorreu normalmente.
Um mês mais tarde, o entusiasta da aviação conheceu o dr. J. Allen Hynek, astrônomo da Northwestern University, que trabalhara como consultor para assuntos científicos relativos a OVNIs para a Força Aérea dos EUA. Os dois conversaram e, antes de se despedir, Hynek convidou-o a tomar café com ele na manhã seguinte.
Às 6 horas, Carlos Antônio saiu de casa e seguiu em direção ao escritório da Mexicana Airlines, onde já havia preenchido uma ficha de solicitação de emprego. Em seguida, foi ao hotel onde Hynek estava hospedado.
Quando subia a escada, o jovem piloto ficou surpreso ao ver um dos homens de preto que o haviam forçado a sair da estrada, quatro semanas antes.
- Você já foi advertido uma vez - sussurrou o homem - de que não deve falar sobre a experiência. - Como que para reforçar a seriedade da ameaça, ele empurrou-o. - Olhe - acrescentou -, não quero que se envolva em problemas. E por que você saiu de sua casa às 6 horas esta manhã? Trabalha, por acaso, para a Mexicana Airlines? Saia já daqui, e não volte!
O rapaz saiu imediatamente, sem se encontrar com Hynek. Recordando tais eventos dois anos mais tarde, Carlos Antônio declarou a dois investigadores americanos de OVNIs:
- Aqueles homens eram muito estranhos. Grandes, mais altos do que os mexicanos, e com a pele muito branca, como se estivessem mortos.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos