Uma mulher, de férias no Alentejo, entra numa loja de artigos de caça e pesca, para comprar uma cana de pesca para oferecer ao marido no aniversário, no dia seguinte. Ela não sabia qual comprar, por isso pega numa qualquer e dirige-se ao balcão.
Vira-se então para o empregado, um alentejano que está ao balcão de óculos escuros, e diz:
- Com licença. Pode dizer-me alguma coisa acerca desta cana de pesca e do carreto?
- Minha senhora, eu sou cego, mas se deixar cair em cima do balcão os artigos, eu posso dizer-lhe tudo o que precisa de saber através do som que produzem.
Ela não acreditou, mas deixou cair em cima do balcão. Diz então o empregado:
- É uma cana de três metros, em grafite, com um carreto Zorco 202. É uma boa cana de pesca e um bom carreto. São 155 euros.
- É incrível que o senhor consiga dizer tudo isso só pelo som das coisas a cair no balcão. Acho que é o que eu procuro, por isso, levo.
Quando o empregado se dirigia à máquina registadora, a senhora descuida-se e dá um traque.
A princípio, ela ficou embaraçada, mas então percebeu que não havia nenhum modo dele saber que tinha sido ela. Sendo cego, ele não podia saber que ela era a única cliente da loja. Ele registou a compra e disse:
- São 160 euros!
- 155! - corrige a senhora - Mas o senhor disse que eram 155!
- Sim, minha senhora, - diz o empregado. - A cana de pesca e o carreto são 155. Agora, o apito de pato são 3 euros e a isca malcheirosa custa 2 euros.
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