É certo que gostos não se discutem mas há coisas que me fazem franzir o sobrolho. É o caso do casal Bob e Lizzie Gibbins, que partilham a casa com nada mais, nada menos, do que 240 bonecas insufláveis.
Lembro-me do meu avô Martinho colecionar selos e eu, miúda na altura, ficar fula por achar que o dinheiro que ele gastava naquilo seria muito mais bem empregue se me levasse à Feira Popular. Agora, leio a história deste casal no "The Sun" e pergunto-me: como é que alguém gasta mais de €100 mil nas ditas "bonecas do amor"? O meu avô está totalmente perdoado!
Primeiro pensamento: ui, fetichistas de primeira! Mas depois ambos garantem: "Há quem compre estas bonecas para sexo. Nós nunca as vimos com esse propósito". Bom, sinceramente, custa-me a acreditar mas há que dar o benefício da dúvida.
De qualquer forma, as bonecas são tratadas quase como gente, com direito a passeios de carro e compras de roupa e adereços para estarem na moda. "Divertimo-nos imenso a mudar-lhes a roupa", afirma Lizzie. Vi as fotos e ainda pensei que tudo se pudesse justificar com a falta de filhos, mas o casal afirma ter duas filhas.
Posto isto, questionei-me: será esta mania um profundo sinal de solidão? Talvez. Ou simplesmente uma pancada inofensiva como a das mulheres que compram sapatos altos obsessivamente? Talvez também. Comportamento patológico ou não, quem somos nós para julgar se na realidade ninguém sai magoado no meio disto? Quanto a mim confesso-vos apenas que entrar numa casa cheia destas bonecas me daria arrepios... de medo, que fique claro!
Sem comentários:
Enviar um comentário