O interesse meramente superficial pelos fenômenos mediúnicos já ficou para trás, e o motivo não é difícil de se avaliar. Se a clarividência, a visão de objetos colocados a distância e a psicocinese forem realmente faculdades humanas controláveis e passíveis de repetição, como parecem ser, nenhuma superpotência pode permitir que a outra assuma a dianteira na habilidade de uma guerra mediúnica.
De acordo com Charlie Rose, membro do United States House Select Committee on Intelligence, os poderes mediúnicos podem ser definidos da seguinte maneira:
- Um sistema de radar tremendamente mais barato. E se os russos o tiverem e nós não, estaremos em apuros.
Charlie também expressou preocupação com as discrepâncias nos níveis de fundos para pesquisas dos poderes paranormais entre as duas superpotências.
- Sabemos que os EUA estão gastando entre 500 mil e 1 milhão de dólares, enquanto o orçamento dos soviéticos é, segundo estimativas, pelo menos dez, e talvez até cem vezes esse valor.
Além disso, os estudos soviéticos não se concentram unicamente na percepção passiva. Por exemplo, um documento da Defense Intelligence Agency (DIA) sobre "Pesquisas Realizadas por Soviéticos e Tchecos em Parapsicologia" detalha experiências russas em que um médium conseguiu fazer com que o coração de uma rã parasse de pulsar.
De acordo com o relatório da DIA, o coração da rã foi colocado em um vidro à distância de 1 metro da médium. Quando ela se concentrou para controlar as pulsações, conforme mostrou o eletrocardiograma, o índice de contração realmente diminuiu.
"Cinco minutos após o início da experiência", descreve o relatório, "ela conseguiu interromper a pulsação inteiramente."
A possibilidade de se usar o poder da mente na guerra abre uma caixa de Pandora de grandes possibilidades. Não só um líder individual estaria sujeito a assassinato sob controle remoto, como também armas termonucleares poderiam sofrer ameaças psíquicas, ou até mesmo explodir.
- Basta apenas a habilidade de mover um oitavo de onça de um quarto de polegada - segundo Ron Robertson, encarregado de segurança do Laboratório Lawrence Livermore.
Ameaça similar é apontada por Robert A. Beaumont, historiador militar da Texas A&M University, em Signal, a publicação da U. S. Armed Forces and Electronics Association.
- Um efetivo sistema de percepção extra-sensorial - revelou Beaumont - ofereceria, dependendo da natureza do fenômeno, grande potencial ao executor de um ataque surpresa, a partir das influências psíquicas dos alvos, através da premonição e do conhecimento remoto à transmissão de mensagens, sob os limites de descoberta e contramedidas de uma vítima em potencial.
Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos
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