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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Extraterrestres Ameaçadores

No dia 3 de maio de 1975, Carlos Antônio de los Santos Montiel sobrevoava a Cidade do México, quando seu avião Piper PA-24 começou a balançar sem motivo aparente. Alguns momentos depois, o jovem piloto percebeu um objeto cinza-escuro em forma de disco, com pouco mais de 3 metros de diâmetro, perto da ponta da asa direita do avião. Objeto voador similar estava seguindo-o pela esquerda.
No entanto, o mais assustador de tudo é que um terceiro objeto vinha direto em sua direção. O OVNI passou tão rente sob o avião que chegou a riscar a parte inferior da fuselagem.
Carlos Antônio sentiu um medo muito grande, e o terror aumentou ainda mais quando descobriu que os controles do aparelho pareciam estar emperrados. Ele não conseguia operá-los, porém, por estranho que possa parecer, o avião continuou voando normalmente a 190 quilômetros por hora.
Quando os objetos voadores saíram de seu campo de visão, o piloto reassumiu o controle do avião. No mesmo instante, ele transmitiu uma mensagem pelo rádio ao aeroporto da Cidade do México, e chegou a chorar quando relatou o sucedido.
O pessoal da torre de controle levou a sério as informações, porque eles captaram os objetos na tela do radar.
- Os objetos fizeram uma curva de 270 graus a 833 quilômetros por hora, em um arco de apenas 5 quilômetros - revelou o controlador de tráfego Emílio Estanol aos repórteres. - Normalmente, um avião voando a essa velocidade precisa de 12 a 16 quilômetros para fazer uma manobra como essa. Em meus dezessete anos como controlador de tráfego, nunca vi coisa igual.
Depois de pousar em segurança, Carlos Antônio foi examinado por um médico, que o considerou apto. Mas em breve o piloto viria a saber que o sofrimento ainda não terminara.
Sua experiência ganhou a primeira página dos jornais mexicanos e, duas semanas mais tarde, Carlos Antônio, jovem de 23 anos de idade, cuja única ambição na vida era ser piloto de avião de passageiros, foi convidado a participar de um programa de entrevistas na televisão, para falar sobre sua experiência. Embora relutantemente, ele aceitou.
No dia em que seria entrevistado, Carlos Antônio seguia de carro pela estrada, a caminho da televisão. De repente, viu um grande automóvel preto - pensou que fosse a limusine de algum diplomata - cortar a frente de seu carro. Quando olhou pelo espelho retrovisor, notou um carro idêntico que vinha logo atrás. Os dois carros, tão novos que pareciam estar sendo dirigidos pela primeira vez, forçaram-no a sair da estrada.
Assim que parou, os outros dois carros também estacionaram. Carlos Antônio estava para sair do veículo, quando quatro homens altos, musculosos, abriram as portas de suas máquinas e se aproximaram. Um deles colocou as mãos na porta do carro do jovem piloto, como que para assegurar-se de que ele não poderia sair. O homem falou rapidamente, com sotaque estranho, quase "mecânico":
- Escute aqui, rapaz - disse o homem em espanhol -, se você dá valor à sua vida e à de sua família também, não fale mais nada sobre o que viu.
Carlos Antônio, extremamente assustado, limitou-se a observar os quatro homens, de aparência "escandinava", com a pele inusitadamente pálida e ternos pretos, que retornaram a seus carros e afastaram-se dali. Ele fez a volta na estrada e retornou para casa.
Dois dias mais tarde, o jovem piloto contou a história a Pedro Ferriz, o apresentador do programa de televisão em que seria entrevistado. Ferriz, aficionado da ufologia, disse que já ouvira outras declarações a respeito de estranhos "homens vestidos de preto" que ameaçavam testemunhas de OVNIs. Ele assegurou a Carlos Antônio que, a despeito das ameaças, não corria perigo. Com o passar do tempo, persuadiu-o a participar de outra entrevista, que transcorreu normalmente.
Um mês mais tarde, o entusiasta da aviação conheceu o dr. J. Allen Hynek, astrônomo da Northwestern University, que trabalhara como consultor para assuntos científicos relativos a OVNIs para a Força Aérea dos EUA. Os dois conversaram e, antes de se despedir, Hynek convidou-o a tomar café com ele na manhã seguinte.
Às 6 horas, Carlos Antônio saiu de casa e seguiu em direção ao escritório da Mexicana Airlines, onde já havia preenchido uma ficha de solicitação de emprego. Em seguida, foi ao hotel onde Hynek estava hospedado.
Quando subia a escada, o jovem piloto ficou surpreso ao ver um dos homens de preto que o haviam forçado a sair da estrada, quatro semanas antes.
- Você já foi advertido uma vez - sussurrou o homem - de que não deve falar sobre a experiência. - Como que para reforçar a seriedade da ameaça, ele empurrou-o. - Olhe - acrescentou -, não quero que se envolva em problemas. E por que você saiu de sua casa às 6 horas esta manhã? Trabalha, por acaso, para a Mexicana Airlines? Saia já daqui, e não volte!
O rapaz saiu imediatamente, sem se encontrar com Hynek. Recordando tais eventos dois anos mais tarde, Carlos Antônio declarou a dois investigadores americanos de OVNIs:
- Aqueles homens eram muito estranhos. Grandes, mais altos do que os mexicanos, e com a pele muito branca, como se estivessem mortos.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

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