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sábado, 5 de agosto de 2023

Sinais que indicam que os Extraterrestres existem - Parte 8


No ano de 1977, cientistas da Ohio State University captaram sinais que levaram 200 milhões de anos-luz para chegarem a nós. Eram frequências extremamente fortes e com origens ainda não definidas 

Sinais que indicam que os Extraterrestres existem - Parte 7


Pesquisadores encontraram uma pedra marciana na Antártida que conteria nanobactérias fossilizadas. Isto levou a especulações de que o asteróide teria ido parar no planeta bilhões de anos atrás e pode ter originado as formas de vida que hoje temos. Imagem mostra foto ampliada no meteorito Alh84001, com estrutura que parece ser a de um microorganismo fóssil

Sinais que indicam que os Extraterrestres existem - Parte 6


Depois de receber as fotos da sonda Venera-13, em Vénus, em 1982, o cientista russo Leonid Ksanfomaliti declarou que formas de vida semelhante a escorpiões poderiam viver em Vénus. 
Foto: imagem do planeta Vênus mostra regiões escuras que indicariam a forte queda de meteoritos

Sinais que indicam que os Extraterrestres existem - Parte 5


Estudos recentes sugerem que uma das luas de Júpiter, Europa, pode conter bactéria vermelha congelada. Isto fez com que os cientistas inferissem que a presença de bactéria indica que possa haver formas de vida mais evoluídas no local. Na foto, imagem da lua de Júpiter Europa, lançada pela Nasa em 12 de novembro de 1996

Sinais que indicam que os Extraterrestres existem - Parte 4



Quando uma equipa de cientistas britânicos lançou um balão com capacidade de chegar até a estratosfera em 2013, tiveram um susto quando ele retornou com pequenos organismos. Os especialistas tiveram certeza de que estes seres só poderiam ter sido originados no espaço 

Sinais que indicam que os Extraterrestres existem - Parte 3




A pequena cidade de Bonnybridge, Escócia, é conhecida como a capital do UFO na Escócia por um bom motivo: mais de 300 ocorrências de UFO são registradas anualmente na região. Na foto, documento dos arquivos nacionais britânicos mostram o boletim de ocorrência de um avistamento de UFO 

Sinais que indicam que os Extraterrestres existem - Parte 2


Os hieroglifos egípcios incluem desenhos feitos na pedra que sugerem que objetos muito parecidos com discos voadores podem ter sido vistos no Vale do Rio Nilo

Cientistas descobriram um pequeno objeto de um centímetro de comprimento no crânio do general e chanceler da França Napoleão Bonaparte. O próprio disse que foi mantido prisioneiro por muitos dias em 1794 por "homens estranhos". Teria sido uma simples coincidência? Talvez não 

Aliens e o Código Secreto

Verdade ou Mito- Alienígenas

Mistérios da Ciência a procura de extraterrestres

KGB encontrou uma Múmia Extraterrestre nas pirâmides do Egito

terça-feira, 25 de julho de 2023

Planetas Alienígenas - Revelação

Sangue e Lágrimas - parte 3



O Dr. Scott Rogo, parapsicólogo americano, contou-nos a história do reverendo Robert Lewis, que, no dia da sua ordenação, recordou que a avó — a sua primeira mentora espiritual — chorara de alegria quando ele lhe dissera que queria tornar-se sacerdote. No entanto morrera antes de a ordenação se efectuar e Scott lamentava profundamente não ter podido partilhar essa felicidade com ela. A certa altura, ao olhar de relance para a fotografia da avó que tinha em cima da cómoda, acusou subitamente o colega de lhe ter pregado uma partida.

O amigo, reverendo William Raucher, escreveu mais tarde: «Fui ver o que tanto o perturbava e fiquei estupefacto. A fotografia da avó de Bob encontrava-se completamente ensopada, ao ponto de já haver uma poça debaixo dela. Ao examinarmos a fotografia, reparámos que, por trás do vidro, estava molhada... A parte de trás da moldura, feita de uma imitação de veludo tingido, estava de tal maneira empapada que o tecido ficara às riscas e desbotado. Retirámos a fotografia de dentro da moldura, mas esta não secou normalmente. Quando, por fim, tal aconteceu, a zona em volta do rosto continuou inflada, como se a água tivesse tido origem ali, escorrendo dos olhos.»

Rogo alvitrou que Lewis utilizara inconscientemente uma capacidade telecinética para projectar uma emoção forte no que o rodeava. «Lewis sofreu um minitrauma quando passou nos exames de ordenação», escreveu Rogo. «Era frequente a sua avó chorar de alegria e ele desejara partilhar a sua alegria com ela, queria vê-la chorar de felicidade, portanto, serviu-se da sua capacidade psíquica para desencadear o acontecido.»

Rogo adiantou ainda que não se tratava do poder bizarro de um indivíduo, mas sim do facto de todos nós podermos ser senhores desta capacidade para provocar transformações dogmáticas no que nos rodeia, projectando de dentro de nós emoções fortemente sentidas ou reprimidas. Este tipo de projecção paranormal, na qual os acontecimentos estão ligados às tensões espirituais ou psicológicas dos envolvidos, assume duas formas clássicas: os fenómenos inquestionavelmente religiosos e as perturbações conhecidas por actividade poltergeist. Em ambos os casos, os teóricos contemporâneos relacionam o desencadear de actividade ou a manifestação súbita de fenómenos com alguma crise interior. Essa crise pode assumir muitas formas, tais como o despontar da puberdade, e as complicações físicas e emocionais que lhe estão associadas, ou a pressão crescente de doenças, frustrações e desajustamentos.

Para quem tem fé, o aparecimento súbito de sangue ou lágrimas constitui um milagre; para outros, no entanto, é indício de uma forma de histeria, ou seja, o subconsciente encena esses acontecimentos aparentemente místicos para quebrar um círculo vicioso de depressão e autocomiseração. Não há dúvida de que muitos dos que têm o azar de se tornar foco de fenómenos poltergeist apresentam indícios de ter sofrido traumas, crises ou alterações importantes. 

Quando Mary Jobson, vitima de poltergeist com treze anos, apareceu com manchas desprovidas de sensibilidade na pele e com edemas, teve convulsões, a mobília do quarto moveu-se e ouviu-se música e vozes, assim como pancadas na parede. Houve mesmo ocasiões em que caíram grandes quantidades de água no chão, vindas não se sabe de onde.

Que estes fenómenos ocorrem não restam dúvidas, no entanto, só podemos calcular o como ou o porquê. Os factos sugerem o transporte telecinético de líquidos, mas de onde eles provêm continua a ser um mistério até hoje. Igualmente estranha é a diferença entre determinados tipos de projecção paranormal e a maneira como são afectados os indivíduos perturbados por elas. Tal como o Dr. Nandor Fodor, investigador, observou, «o tipo de êxtase que as Nossas Senhoras que choram provoca transmite ânimo, enquanto o poltergeist assusta e destrói irracionalmente».


Retirado de "Contra toda a Lógica"
Orbis Publishing Limited
Círculo de Leitores

Sangue e Lágrimas - parte 2



Na primeira semana, cerca de quatro mil pessoas passaram pelo apartamento de Pagora Catsounis, a fim de verem o milagre e orarem, enquanto as lágrimas caíam incessantemente. Depois o quadro foi transferido para a Igreja de S. Paulo. Foi então que apareceu uma outra Nossa Senhora a chorar na família. Pertencia a Antonia Koulis, tia de Pagora Catsounis. As circunstâncias levantaram algumas dúvidas, no entanto, o fenómeno foi certificado pelo próprio arcebispo. Consta que a imagem chorava copiosamente e que, quando o padre Papadeas deixou os jornalistas pegarem no quadro, este ainda estava húmido. Foram retiradas amostras do líquido para análise, concluindo-se então que não se tratava de lágrimas humanas. Esta imagem, à semelhança da anterior, também foi colocada num relicário da Igreja de S. Paulo. Antónia Koulis recebeu outra em sua substituição e também esta começou a chorar. Foi então que Raymond Bayless iniciou as suas investigações, como é referido na revista Fate de Março de 1966.

Um exame feito de perto à superfície da pintura revelou manchas por baixo dos olhos, formadas por partículas cristalizadas de algo semelhante a soro. As acumulações, depois de secas, não caíram. Quando Bayless examinou a imagem pela segunda vez, estas «lágrimas» continuavam no mesmo sítio, e não encontrou orifícios de qualquer tipo por onde pudesse ter sido introduzido líquido na zona central do quadro. Bayless declarou: «Durante a nossa primeira visita, uma mulher que fazia de intérprete gritou, de repente, que uma nova lágrima estava a cair de um dos olhos. Olhei de imediato, mas confesso que não vi absolutamente nada. Alguns dos curiosos e dos devotos ficaram convencidos de que tinham visto lágrimas a deslizar pela face da imagem e¬quanto eu e o meu amigo nos encontrávamos presentes. Por outro lado, ficámos os dois convencidos, devido à nossa observação meticulosa, de que a lágrima não era líquida nem flutuou ou desceu uma fracção de milímetro sequer.»

O caso da estatueta que sangrava de Anne Poore é completamente diferente. Quando Anne recuperou do choque ao testemunhar este sangramento repentino, colocou a estatueta no centro de um santuário que mandou construir no alpendre da frente de sua casa onde muita gente a ia ver. Nas sextas-feiras e nos dias santos, o fluxo de sangue era particularmente intenso, escorrendo numa cadência cíclica, que fazia lembrar os sangramentos regulares de alguns estigmatizados. 

A estatueta acabou por ser levada para a Igreja Episcopal de S. Lucas, em Eddystone, na Pensilvânia, e instalada sobre uma plataforma três metros acima do altar. O padre Chester Olszewski, pastor daquela igreja, relatou: «.A. imagem sangrou durante quatro horas. Tenho a certeza de que não pode haver qualquer truque. Vi as palmas secas e minutos depois reparei que saíam gotículas de sangue das chagas... 

Parece incrível, mas o sangue raramente escorre pela estatueta. As suas vestes estão agora cobertas de sangue seco.» Outro sacerdote, o padre Henry Lovett, disse que foi vê-la cheio de cepticismo e voltou convencido de que se tratava de um milagre. «Eu mesmo tirei as mãos da estatueta, que estão presas por cavilhas de madeira, e examinei-as. Eram de gesso sólido. O certo é que a imagem sangrou profusamente diante dos meus olhos.»

Neste caso não restam dúvidas de que um líquido semelhante a sangue fluiu misteriosamente das chagas de Cristo da estatueta. Mas seria realmente sangue? O Dr. Joseph Rovito, conceituado médico de Filadélfia, conduziu pessoalmente uma investigação sobre este assunto. Os raios X não revelaram o menor sinal de reservatório ou de qualquer outro mecanismo ardiloso oculto na estatueta, mas os exames feitos ao sangue já não foram tão conclusivos, pois, apesar de identificado como humano, a contagem baixa de glóbulos vermelhos era curiosa e indicava uma idade avançada. Por outro lado, o facto de o sangue percorrer uma determinada distância antes de coagular indicava que era razoavelmente fresco, porém, o sangue fresco contém milhões de glóbulos vermelhos, ao contrário do que sucedia com o sangue examinado. Assim, o padre Lovett, tal como outros católicos, concluíram imediatamente que se tratava do sangue de Cristo.

Estas estatuetas tornam-se, quase sempre, objecto de culto, portanto, há a tendência para que o aparecimento misterioso de líquidos nas mesmas ou nas suas imediações seja interpretado num contexto religioso. No entanto, fora deste contexto, existem relatos quase idênticos de uma série de fenómenos do mesmo tipo: tumbas que sangram, por exemplo, manchas de sangue, persistentemente húmidas ou recorrentes, nalgumas casas assombradas (indícios, talvez, de algum assassino lendário) ou a emissão constante de substâncias tais como óleos de cor clara ou fluidos semelhantes a sangue, que parecem vir de relíquias de alguns santos.

Uma vez confirmada a não existência de truques e explicações de tipo natural, como a condensação, e tendo-se determinado que o fluxo de sangue não provém do interior da estatueta, só resta aceitar que o líquido aparece na superfície do objecto, ali se materializando de uma proveniência desconhecida, através do fenómeno misterioso da telecinese. 

Essa é, provavelmente, a mesma explicação a dar para o aparecimento de lágrimas em estatuetas e ícones. No entanto, estes líquidos não surgem ao acaso, pelo contrário, são notoriamente coerentes, pois limitam-se a locais onde tanto a fé como a lenda nos levam a esperar acontecimentos milagrosos. Este aspecto ainda é mais marcante na associação entre o sangramento e imagens de Cristo e entre as lágrimas e imagens da Virgem Maria. Esta associação regular sugere três possibilidades: que a força telecinética é criada por uma inteligência desconhecida, que ela actua automaticamente, em resposta a imagens especialmente poderosas na mente humana, ou então a um nível instintivo ou inconsciente.

Retirado de "Contra toda a Lógica"
Orbis Publishing Limited
Círculo de Leitores

Sangue e Lágrimas - parte 1


Poderá uma estatueta de Cristo em gesso  verter sangue de verdade ou uma imagem de  Nossa Senhora chorar? Estes fenómenos têm  sido registados várias vezes, continuando a  inspirar — e também a espantar — muitas  pessoas nos tempos que correm.

Certo dia, corria o mês de Abril de 1975, pouco depois da Páscoa, Anne Poore, de Boothwyn, na Pensilvânia, EUA, estava a rezar por aqueles que se tinham afastado da Igreja. Encontrava-se ajoelhada em frente de uma estátua de Jesus em gesso com cerca de sessenta e seis centímetros de altura que lhe fora oferecida por uma amiga no ano anterior. «De repente ergui os olhos para a estátua», relatou mais tarde aos jornalistas, «e o meu coração parou de bater. Nas chagas abertas no gesso da palma das mãos tinham aparecido duas gotas de sangue vivo. 

Fiquei aterrorizada. Não tinha dúvida de que era sangue de verdade. A partir daí já vi escorrer sangue da estatueta muitas vezes.» Hoje em dia está na moda não acreditar em semelhantes coisas ou, antes, preferir pensar que tais ocorrências não acontecem. A mente fechada ou temerosa refugia-se, muitas vezes, por trás de uma racionalidade exacerbada. Para estes cépticos inabaláveis, as histórias ligadas a objectos de culto religioso vistos a derramar lágrimas ou a verter sangue não passam de indícios da sobrevivência deplorável de crenças primitivas e supersticiosas numa era dominada pela ciência. No entanto, existem .dados que provam que esses fenómenos acontecem ocasionalmente, como as histórias que irão ler a seguir demonstram.

Nos anos 50, o Dr. Piero Casoli, médico italiano, estudou longamente as Nossas Senhoras que choravam. Não havia falta delas, pois, como concluiu, só em Itália tal acontecia, em média, duas por ano. E os registos do Fortean Times britânico mostravam que esse tipo de ocorrência fora detectado ao longo da história moderna, segundo relatos recebidos de todo o mundo. Em 1527, por exemplo, uma estatueta de Cristo, em Roma, chorou copiosamente, o que foi considerado um presságio para a decadência daquela cidade. Em Julho de 1966, um crucifixo pertencente a Alfred Bolton, de Walthamstow, derramou lágrimas pelo menos em trinta ocasiões. Em Dezembro de 1960, de uma estatueta existente na Igreja Ortodoxa de Tarpon Springs, na Florida, escorreram «pequenas lágrimas». Em Janeiro de 1981, uma estatueta da Virgem Maria em Caltanisetta, na Sicília — da qual se dizia ter chorado em 1974 —, começou a sangrar na face direita.

Perante tais ocorrências aparentemente «impossíveis», somos levados a fazer a seguinte pergunta racional: estas histórias não serão apenas «alucinações colectivas»? De facto, existem registos de pessoas reunidas em torno de uma imagem religiosa com fama de chorar ou sangrar antecipadamente entusiasmadas pelos boatos e que, possivelmente, «viram» o milagre assim que a pessoa mais sugestionável gritou: «Olhem, a Virgem está a chorar!»

Raymond Bayless, investigador psíquico americano, foi uma das pessoas a viver precisamente uma dessas situações. O fenómeno teve início na tarde de 16 de Março de 1960, quando uma imagem pintada da Virgem Maria Abençoada começou a verter lágrimas por trás do vidro que a resguardava. O objecto pertencia a Pagora Catsounis, de Nova Iorque, que telefonou de imediato ao seu consultor espiritual, o padre George Papadeas, da Igreja Ortodoxa de S. Paulo, em Hempstead. Este contou: «Quando cheguei, havia uma lágrima a secar sob o olho esquerdo. Depois, pouco antes de as nossas orações terminarem, vi uma outra dentro da mesma vista. Começou com um pequeno glóbulo redondo e húmido a despontar ao canto do olho, antes de deslizar lentamente pela face.» O diminuto fio, fino mas constante, não ficou retido no fundo da moldura, como seria de esperar, dando a impressão de desaparecer antes de poder formar uma pequena poça.


Retirado de "Contra toda a Lógica"
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Círculo de Leitores

Quando os peixes caíram do céu como chuva - parte 3



Provavelmente ainda mais extraordinário é o caso de Essen, na Alemanha. Corria o ano de 1896 quando uma carpa envolta em gelo caiu do céu durante uma tempestade. Neste caso, o peixe deve ter sido mantido no alto por correntes verticais o tempo suficiente para se transformar no núcleo de uma pedra de granizo do tamanho de um ovo. No que se refere à queda de outros animais e insectos, nota-se uma tendência para que o fenómeno só se verifique com indivíduos da mesma espécie. Já em relação à chuva de peixes, os factos apontam para quedas igualmente divididas entre só uma e várias espécies. Já se chegou, por exemplo, a identificar seis espécies diferentes numa única precipitação, o que fortalece a hipótese de o fenómeno ser causado por uma tromba-d'água formada ao acaso sobre mares e lagos.

A queda de espécies únicas apresenta muitos problemas. Na que ocorreu na montanha Ash, em Gla-morganshire, por exemplo, foram encontrados muitos peixes-espinho, no meio dos quais se viam apenas alguns vairões. Os peixes-espinho vivem em correntes de água doce e não formam cardumes, portanto, como é que um furacão conseguiu reunir tão grande quantidade de tal espécie fluvial numa única fonte e depositá-la por inteiro num só sítio? São dúvidas que também se levantam em relação a outros casos de chuva de peixes envolvendo apenas uma espécie.

Outro aspecto curioso é a ausência de quaisquer detritos junto com os peixes. É de esperar que objectos apanhados pelas correntes de um furacão sejam projectados para sítios e distâncias diferentes, de acordo com a respectiva massa, tamanho ou formato. Contrariando esta lógica, no entanto, as chuvas de peixes englobam muitas vezes tamanhos muito diversificados de espécimes. Em Feridpoor, na índia, por exemplo, em 1830 caíram dois tipos de peixes, um maior e mais pesado do que o outro. O mesmo aconteceu a 12 de Agosto de 1968 em vários jardins de Harlow, em Essex, com peixes cujo tamanho mediava entre quinze e trinta e nove centímetros, segundo os jornais do dia seguinte.

Charles Fort, que tem passado a vida a coleccionar relatos de fenómenos estranhos, sugeriu que a queda de peixes talvez se deva ao que denomina «teleportação», uma força capaz de transportar objectos de um lado para o outro sem estes atravessarem a distância existente. 
Tal força, segundo Fort, já esteve mais activa do que agora e hoje não passa de uma sombra frágil e errante da sua forma anterior. Este agente faz com que o peixe seja arrancado de determinado sítio onde é abundante e levado para algures no céu, de onde depois cai. Por vezes esse ponto não se encontra a grande altura do solo, o que pode explicar o facto de o peixe estar, muitas vezes, vivo. Noutras ocasiões o peixe está muito perto do solo, daí ser encontrado no chão depois de um temporal. Fort sugere ainda que a queda de peixes pode resultar de algum lago recém-formado que «vibra devido à sua necessidade de peixe».

Há ainda o caso do major Cox, por exemplo, um escritor muito conhecido em Inglaterra depois da Primeira Guerra Mundial. Cox, num artigo publicado a 6 de Outubro de 1921 no Daily Mail, contou que o lago que tinha na sua propriedade do Sussex fora esvaziado, tendo-lhe sido retirada a lama. A seguir ficou cinco meses a secar, antes de voltarem a enchê-lo de água, em Novembro de 1920. No mês de Maio seguinte, Cox ficou perplexo ao descobrir que o lago se encontrava fervilhante de tencas.

A maioria das chuvas de peixe verifica-se durante grandes temporais, daí que a teoria dos furacões pareça a mais plausível e aceitável. Porém, se analisarmos a série de casos comunicados, vemos que muitas ocorreram com o céu limpo de nuvens e sem qualquer registo de ventos fortes. No presente, a única explicação racional em termos de causas conhecidas parece ser a teoria dos furacões. Mas isto não explica todos os casos conheci¬dos. Deve, certamente, haver alguma outra força em acção.

Retirado de "Contra toda a Lógica"
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Círculo de Leitores

Quando os peixes caíram do céu como chuva - parte 2


Um certo Ron Spencer, do Lancashire, passou por uma experiência semelhante 86 anos mais tarde, quando prestava serviço militar na RAF', em Kamilla, na Índia, próximo da fronteira com a Birmânia. Spencer, quando falava na BBC Radio 4 em Abril de 1975, depois de escutar o relato de outro ouvinte a descrever a sua experiência com a chuva de peixes, disse que sempre adorara ir tomar banho debaixo da chuva das monções. Certa vez, encontrava-se ele nu em pleno ritual, quando «começou a ser atingido por objectos e, ao olhar em volta, viu miríades de pequenas formas a contorcer-se no chão e milhares a serem arrastadas pela água que caía dos telhados e corria ao longo dos regos, até aos arrozais. Eram peixes pequenos, do tamanho de sardinhas. Escusado será dizer que, pouco depois do temporal passar, não restava nenhum. A bicharada que pululava por ali chamara-lhes um figo.»

Há relatos vindos de todo o lado, porém, não se conhece nenhum estudo disponível com todos eles reunidos. Parece, no entanto, que as chuvadas de rãs e sapos são mais abundantes do que as de peixes. O Dr. E. W. Grudger, do Museu de História Natural dos Estados Unidos da América, por exemplo, recolheu informações e encontrou apenas setenta e oito relatos. Dezassete destes tiveram lugar nos Estados Unidos da América, treze na Índia, onze na Alemanha, nove na Escócia, sete na Austrália e cinco em Inglaterra e no Canadá. Gilbert Whitley, no entanto, ao estudar os dados existentes no Museu da Australásia, registou mais de cinquenta chuvas de peixes só na Australásia, ocorridas entre 1879 e 1971.

Uma das primeiras referências a uma queda de peixes do céu pode ser encontrada no Deipnosophistai, um texto grego antigo, compilado em finais de segundo século a. C. por Athenaeus. Estes fragmentos, retirados dos registos de cerca de oitocentos escribas, contêm o seguinte relato: «[...] Sei que também choveram peixes. Em todo o caso, Phoenias, no segundo livro do seu Eresiam Magistrates, afirma que em Chersonesus, certa vez os peixes caíram ininterruptamente durante três dias, e Phylarchus, no seu quarto livro, diz que era frequente as pessoas verem cair peixes do céu.»

O primeiro caso conhecido em Inglaterra teve lugar em Kent, em 1666, e foi referido no Philosophical Transactions publicado em 1698. No entanto, apesar da abundância de relatos autenticados e fiáveis sobre a ocorrência de quedas de peixes do céu, ainda ninguém explicou convincentemente o «porquê» de tais acontecimentos. Uma das sugestões mais plausíveis é a de serem provocados por tornados, trombas-d'água ou tufões que ergam água contendo peixes até ao alto, formando uma nuvem cerrada que depois é empurrada para terra. 

Outras explicações incluem a hipótese de o fenómeno ser causado pela «migração de peixes sobre terra», de aves que se alimentam de peixe vomitarem ou deixarem cair o seu alimento, de o peixe ficar retido em poças de água derivadas de cheias ocorridas em lagos ou rios e de o peixe que ficou a hibernar enterrado na lama voltar à vida, devido à chuva. Estas possibilidades, porém, não justificam a variedade de relatos oculares, a série de espécies encontradas no mesmo local, os vários tipos de terreno onde os peixes caíram e as enormes quantidades por vezes registadas. E, mesmo que existam casos bem documentados sobre tornados e trombas-d'água transportando peixes, esta explicação é insuficiente para abranger todos eles.

É certo que os furacões, tornados e trombas-d'água fazem grandes estragos e tendem a levar tudo o que estiver no seu caminho pelos ares, espalhando-o em várias direcções. Porém, este facto entra nitidamente em contradição com a grande maioria das chuvas de peixes. No caso da montanha de Ash, por exemplo, esse fenómeno manifestou-se apenas numa área de setenta e três metros por onze e, no caso de Kent, em 1666, consta que os peixes caíram apenas num determinado terreno e não nos circundantes. A maioria destas ocorrências parece, com efeito, registar-se de acordo com este padrão localizado. Aquele que se pode considerar, talvez, o exemplo mais extremo destas chuvas circunscritas de peixes foi o que teve lugar em Calcutá a 20 de Setembro de 1839. Uma testemunha ocular relatou: «O que me pareceu mais esquisito foi ver que os peixes não caíam a esmo, por todo o lado... mas sim numa estranha linha que não teria mais do que um cúbito (medida antiga com base no comprimento do antebraço).»

Os furacões, como se sabe, movem-se continuamente e existem inúmeras provas de que as quedas de peixes duraram muito mais tempo do que seria possível se fossem provocadas por este fenómeno. A torrente de muitas centenas de enguias-de-areia que se abateu sobre Hendon, nos arredores de Sunderland, a noroeste de Inglaterra, a 24 de Agosto de 1918, é um desses casos. A. Meek, biólogo marinho, afirmou ter assistido a um desses fenómenos, o qual durou uns bons dez minutos e se confinou a determinada área. Mas, mesmo que alguns furacões retrocedam pelo mesmo caminho, algumas das chuvas de peixes ocorreram numa sucessão tão rápida que teria sido impossível associá-las a um único furacão. John Lewis, na montanha Ash, por exemplo, testemunhou «duas chuvadas com um intervalo de dez minutos, tendo cada uma durado cerca de dois minutos».

Tudo indica que a duração das quedas de peixes transportados pelo ar varia consideravelmente. Em alguns relatos, os peixes estavam vivos e revolviam-se no chão, noutros, foram encontrados mortos, embora frescos e comestíveis. Custa a acreditar que estas criaturas tenham tombado no chão sem que tal lhes custasse a vida, mas o certo é que, segundo os indícios, mesmo os espécimes que morreram não foram vitimados pela queda. Mais intrigantes ainda são as chuvas de peixes mortos. Na Índia, em duas ocasiões, uma em Futte-poor, em 1833, e outra em Allahabad, em 1836, os peixes que caíram do céu não só estavam mortos como também secos. No primeiro caso, o número de espécimes registados foi três a quatro mil, todos da mesma espécie. É difícil imaginar como é que um furacão manteve no ar tanto peixe durante o tempo suficiente para secarem. No entanto, apesar da enorme publicidade feita pela imprensa indiana na altura, não apareceu ninguém a declarar que vira um furacão arrebanhar um valioso amontoado de peixe seco!

Retirado de "Contra toda a Lógica"
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Quando os peixes caíram do céu como chuva - parte 1


Durante séculos, verificaram-se incidentes  ocasionais relativos à queda de grandes  quantidades de peixe do céu. Este estranho  fenómeno mundial é uma das bizarrias da  Natureza para as quais menos explicações existem.

Em 28 de Maio de 1984, o construtor Edward Rodmell e o filho ficaram atónitos ao verificar que «chovera peixe» na casa que andavam a renovar no burgo de Newham, em Londres. Havia solhas por tudo quanto era sítio: no pátio, no telhado e na sarjeta. Algum tempo depois, a 7 de Junho, um homem que vivia perto encontrou à volta de trinta peixes no seu jardim.

Estes acontecimentos, por muito extraordinários que possam parecer, ocorreram em várias ocasiões. Em Fevereiro de 1861, por exemplo, a ilha de Singapura foi abalada por um violento terramoto. Nos seis dias seguintes choveu torrencialmente. Depois, mais para o final desse ano, após uma derradeira carga de água arrasadora, parou de chover. François de Castelnau, naturista francês que vivia na ilha, relatou, na Academia de Ciências de Paris, o que aconteceu a seguir: «Eram dez da manhã e o Sol já ia alto quando vi, da janela do meu quarto, uma multidão de malaios e chineses a encher cestos com peixes que apanhavam das poças de água que cobriam o chão. Ao perguntar-lhes de onde viera tanto peixe, responderam que tinham caído do céu. Três dias mais tarde, depois de as poças secarem, encontrámos grande quantidade de peixes mortos.»

Embora Castelnau não tenha testemunhado pessoalmente a chuva de peixes, ficou convencido de que estes tinham caído do céu. O Dr. A. D. Bajkov, um biólogo marinho americano, teve mais sorte. No dia 24 de Outubro de 1947, tomava ele o pequeno-almoço com a esposa num café em Marksville, na Luisiana, Estados Unidos da América, quando, depois de uma chuvada repentina, reparou que havia peixe espalhado nas ruas: «Eram rolins, robalos de olhos salientes e percas pretas, que chegavam a ter vinte e três centímetros de comprimento.» Encontraram mais peixes no telhado das casas, frios e mortos, mas, não obstante, ainda aptos para consumo.

Estes relatos não se podem considerar, por si só, muito fiáveis. Grande parte das provas relacionadas com a queda de peixes do céu é circunstancial: peixes que são encontrados, normalmente, depois de chuvadas intensas, em lugares ou superfícies onde, antes, não havia sinais deles. Porém, também há relatos de testemunhas. Um dos casos mais verosímeis ocorreu na montanha Ash, em Glamorganshire, no País de Gales, em 1859. Robert Schadwald, num artigo publicado no Fortean Times, corria o Outono de 1979, declarou, baseado no relato de testemunhas publicado na altura, que o fenómeno tivera lugar a 9 de Fevereiro de 1859.

John Lewis, madeireiro numa serração na montanha Ash, apanhou um grande susto quando, eram onze da manhã, foi fustigado por uma saraivada de pequenos objectos que caíam do céu. «Ao meter a mão dentro da camisa, fiquei admiradíssimo por ver que eram peixes pequenos. A seguir reparei que o chão estava todo co¬berto deles. Saltavam por todo o lado... Sobre o barra¬cão eram aos montes... Os meus colegas e eu apanhá¬mo-los, às mancheias, para dentro de cestas. Tinham caído dois aguaceiros... O vento não era forte, mas havia demasiada humidade... Aquilo veio tudo com a chuva...»

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