Um agente da Brigada de Trânsito manda parar um condutor por excesso e
velocidade.
- Posso ver a sua carta de condução?
- Não tenho. Foi suspensa na minha última contra-ordenação.
- Posso então ver o registo de propriedade do veículo?
- O carro não é meu. Roubei-o.
- O carro é roubado?
- Sim, é verdade. Mas agora que penso nisso, acho que vi o registo de Propriedade no porta-luvas quando lá meti a minha pistola...
- Está uma arma no porta-luvas?
- Sim. Coloquei-a lá depois de matar a dona do carro e ter metido o corpo dela no porta-bagagem.
- Está um CORPO na BAGAGEIRA???
- Sim senhor.
Ao ouvir isto, o agente chama imediatamente o seu superior. O carro foi rapidamente cercado por um cordão policial e o capitão aproximou-se do veículo para controlar a situação.
- Senhor, posso ver a sua carta de condução?, diz o superior.
- Claro, aqui está ela. (A carta é válida).
- A quem pertence este veículo?
- É meu, seu guarda. Aqui tem o registo de propriedade. (O carro é, de facto, do condutor).
- Fazia-me o favor de abrir o seu porta-luvas lentamente para eu verificar se lá se encontra uma arma dentro?
- Sim senhor. (O porta-luvas está vazio)
- Podia abrir o porta-bagagem do seu veículo, por favor?
- Sim senhor. (Não tem corpo nenhum)
- Não compreendo. O agente que o mandou parar disse que você afirmou não ter carta de condução, ter roubado o carro, ter uma arma no porta-luvas e um corpo no porta-bagagens.
- Ah, claro. E aposto que o mentiroso também lhe disse que eu ia em excesso de velocidade, certo?
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