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terça-feira, 15 de julho de 2014

Texto verídico de um gajo que não queria ir à tropa

Exmo. Sr. Ministro da Defesa, 
Venho por este meio explicar-lhe uma situação delicada que tem vindo a ocorrer, de maneira a poder obter um eventual apoio vindo de Vossa Exa; 
Tenho 24 anos, e fui esta semana chamado para ir à tropa. Sou casado com uma viúva de 44 anos, mãe de uma jovem de 25 anos, da qual sou padrasto. O meu pai, por seu lado, casou-se com essa jovem em questão. 
Neste momento, o meu pai passou a ser o meu genro, uma vez que se casou com a minha filha. 
Deste modo, a minha filha, ou chamemos-lhe, enteada, passou a ser a minha madrasta, uma vez que é casada com o meu pai. 
A minha esposa e eu tivemos, no mês passado, um filho. 
Esse filho tomou-se o irmão da mulher do meu pai, portanto o cunhado do meu pai. 
O que faz com que seja o meu tio, uma vez que é o irmão da minha madrasta. 
O meu filho é, portanto, o meu tio... 
A mulher do meu pai teve no Natal um rapaz, que é ao mesmo tempo o meu irmão, uma vez que ele é filho do meu pai, mas o meu neto por ser o filho da minha enteada, filha da minha esposa. 
- Desta maneira sou o irmão do meu neto! 
E como o marido da mãe de uma pessoa é o pai da mesma, verifiquei que sou o pai da minha esposa, e o irmão do meu filho. 
Resumindo: sou o meu avô!!! 
Deste modo, Sr. Ministro, peço-lhe que estude pacientemente o meu caso, porque a lei não permite que o pai, o filho, e o neto sejam chamados à tropa na mesma altura. 
Agradecendo antecipadamente a sua atenção, mando-lhe os meus melhores cumprimentos.

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