Durante mais de um século, um fantástico fenômeno luminoso atormentou o remoto povoado a leste de Boulia, na região sudoeste de Queensland, Austrália. As luzes receberam o nome de Min Min, homenagem a um correio-bar chamado Min Min, há muito desaparecido.
Um dos primeiros relatos escritos, publicado em março de 1941, fala sobre um criador de gado que viajava entre Boulia e Warenda Station, em uma noite encoberta de nuvens. Por volta de 22 horas, quando passava em frente ao antigo cemitério, próximo ao que restou do correio-bar Min Min, ele viu um estranho brilho que emanava do meio das sepulturas. A luz aumentou e ficou do tamanho de uma melancia, pairou momentaneamente sobre as tumbas, e então afastou-se dali, seguindo em direção a Boulia. De acordo com o homem, a luz o seguiu durante todo o percurso, até a cidade.
Relatos anteriores foram descobertos subseqüentemente. Em Walkabout, Henry Lamond relatou sua própria experiência de infância com as luzes de Min Min em 1912. A princípio, ele pensou que fossem os faróis de um automóvel que se aproximava.
"Os carros", escreveu ele, "embora não fossem comuns naquela época, também não eram raros." Mas logo tornou-se evidente que não se tratava de uma luz normal.
"Ela permaneceu como uma bola única, e não se dividiu em dois faróis, como seria de esperar. Além disso, vinha em uma altura muito grande para ser um carro. Havia alguma coisa estranha com aquela luz."
A luz flutuou gradativamente em direção a Lamond, que estava montado em seu cavalo, e passou por ele, a uns 200 metros de distância.
"De repente, ela desapareceu, mas não de uma hora para outra. Seu desaparecimento foi gradual, como os fios de uma lâmpada elétrica."
As luzes de Min Min - sejam o que forem - ainda assustam as pessoas que viajam ao longo de trechos solitários de estrada, no interior australiano.
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