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sábado, 30 de dezembro de 2023

Telepatia Salva-Vidas

Existe grande número de provas sugerindo que a telepatia ocorre, na maioria das vezes, entre pessoas que se conhecem. Mas, de acordo com caso relatado pelo parapsicólogo Lyall Watson, esse não é um fato irrefutável.
O fato estudado por Watson refere-se a um marujo chamado Shep, que resolvera trabalhar em um barco pesqueiro do Havaí.
Em determinado ponto da expedição, o tripulante decidiu ir a seu camarote. Ele começou a descer a escada em direção ao alojamento dos tripulantes no castelo de proa, porém escorregou e caiu de costas nos degraus. Paralisado pela queda e sofrendo dores horríveis, Shep pensou que fosse morrer. E às 21h12 daquela noite, seus pensamentos voltaram-se para certa amiga.
A amiga, uma mulher chamada Milly, visitava a mulher do capitão do barco naquela noite. A esposa do capitão, originária da Samoa, fazia tricô durante a visita, quando, de repente, sentiu uma dor estranha na cabeça. Caiu no chão como se tivesse entrado em transe, e começou a dizer:
- Alguma coisa muito ruim aconteceu no barco.
Ela sabia que a impressão não se referia ao marido, mas não podia ser mais precisa. Milly consultou o relógio e viu que eram 21h14.
No entanto, foi somente na manhã seguinte que as mulheres ficaram sabendo da notícia, através da Guarda Costeira. Eles haviam levado Shep a Kauai, com fratura nas costas.
Contudo, por que foi a mulher do capitão que recebeu a mensagem telepática e não Milly, a boa amiga de Shep?
- O emissário da mensagem era homem de uma cultura que, pelo menos inconscientemente, permitia e aceitava a existência da telepatia - explica Watson. - A mensagem destinava-se a uma mulher cuja criação a tornou menos receptiva e, quando provou não reagir ao apelo telepático, a mensagem acabou chegando à mente da outra pessoa que estava próxima, pessoa esta apenas indiretamente envolvida, mas cujo background cultural, auxiliado pelo nível de percepção, facilitou o contato.

Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos

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