Déjà vu em francês significa, literalmente, "já visto". A expressão se manifesta na forma de uma sensação intensa de familiaridade com uma situação ou um lugar, embora a pessoa jamais a tenha experimentado ou tenha estado ali antes. Muitos especialistas dizem que tais incidentes poderiam ser causados por pequenos derrames cerebrais, mas alguns casos ultrapassam os limites da psicologia, sugerindo que o paranormal está agindo.
Um caso fascinante relatado pelo parapsicólogo D. Scott Rogo serve para ilustrar essa afirmação. Em 1985, uma mulher de Nova Jersey escreveu-lhe contando sobre uma viagem que ela fizera pela região conhecida como New Jersey Turnpike. A paisagem era estranhamente familiar, e a mulher finalmente virou-se para sua companheira de viagem e disse:
- Sabe, eu nunca estive aqui antes, mas acho que se seguirmos uns 2 quilômetros por esta estrada encontraremos uma casa onde eu já morei.
A mulher continuou o relato:
- Uns 5 quilômetros mais adiante, eu disse à minha amiga que depois da próxima curva chegaríamos a uma pequena cidade localizada bem perto da barreira do pedágio. Contei-lhe que as casas teriam paredes brancas, seriam sobrados, e construídas umas muito perto das outras. Senti que já havia morado ali quando tinha 6 anos de idade, mais ou menos, e que costumava ficar sentada com minha avó na frente da casa. As lembranças foram ficando cada vez mais fortes, e pude lembrar até de ficar sentada no balanço, enquanto minha avó amarrava meus sapatos.
Quando a mulher chegou à cidade, reconheceu a casa imediatamente, muito embora já não existisse mais o balanço. Ela lembrou que costumava caminhar duas quadras para chegar a uma lanchonete com um balcão alto de mármore branco, onde pedia uma limonada. Seguindo de carro pela rua, as mulheres encontraram o edifício, já coberto com tábuas e semidemolido, mas ainda lá.
As duas amigas continuaram com o carro, já saindo da cidade, e a mulher teve sua próxima experiência de déjà vu.
- Daqui a umas três quadras, chegaremos a uma pequena ladeira que leva a um cemitério, e foi ali que eu fui enterrada.
O cemitério estava ali, mas a amiga da mulher, nessa altura já totalmente em pânico, recusou-se a parar e procurar o túmulo.
Charles Berlitz
O livro dos Fenómenos Estranhos
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